Um olhar com mais carinho para Turquia e Tunísia

Um olhar com mais carinho para Turquia e Tunísia

Publicado por Alexandre Cossenza, 17/12/2020

Chegamos à reta final dos eventos da semana após alguns resultados interessantes e que mudaram levemente o cenário para os próximos dias. No torneio mais forte do período, o W25 de Selva Gardena (Itália, quadras duras), a cabeça 1, Marta Kostyuk, única top 100 em ação na semana, foi derrotada duramente nas quartas de final. Sua rival, a croata Lea Boskovic, 21 anos e #304 do mundo, fez inapeláveis 6/1 e 6/1.

A vitória de Boskovic evitou o jogo mais esperado da rodada, que seria Kostyuk contra a também croata Ana Konjuh, ex-top 100 que enfrenta problemas no cotovelo desde 2017 e hoje figura apenas no 537º posto do ranking mundial. Seria um duelo com odds interessantes, mas o fato é que o triunfo de Boskovic foi tão impressionante que acabou gerando odds mais atraentes para Konjuh (1,44), que continua sendo a favorita. Ela, inclusive, derrotou Boskovic em setembro, no W25 de Zagreb (saibro).

Os UTR Pro Series (falei sobre eles no começo da semana) continuam rendendo duelos interessantes, e Bernard Tomic estará em quadra mais uma vez em Brisbane. Outros nomes reconhecíveis são os das australianas Lizette Cabrera, número 140 do mundo, Maddison Inglis, #130, e Destanee Aiava, #215. As três são bastante favoritas em seus jogos de sexta-feira.

Turquia e Tunísia: estudo é necessário

Nos M15s, torneios masculinos com premiação de US$ 15 mil, o equilíbrio é maior. Em Monastir (Tunísia, quadras duras), o cabeça 1, Skander Mansouri, chega às quartas de final na condição de favorito. Lembremos, porém, que favoritismo não indica tanto assim em torneios desse porte, com tenistas quase sempre fora do top 300 do mundo. Em Antália (Turquia, quadras duras), o russo Ivan Nedelko, cabeça 3, é o favorito após as eliminações de Lucas Miedler, cabeça 1, e Khumoyun Sultanov, cabeça 2. Ambos foram eliminados já na primeira rodada. O ex-top 100 Marsel Ilhan, nome mais conhecido, também estava na chave e já deu adeus.

O cenário emparelhado não é muito diferente nos W15s, torneios femininos com US$ 15 mil em jogo. Em Monastir, a bielorrussa Yuliya Hatouka, cabeça 1, segue na chave, assim como a cabeça 2, Carole Monnet, da França. Em Antália, a francesa Diane Parry, cabeça 1, e a ucraniana Daria Lopatetska, cabeça 3, são os nomes mais fortes - em tese, como sempre.

O que fazer antes de apostar em torneios desse nível, com duelos entre tenistas desconhecidos do grande público? Não é fácil. De verdade. Porém, algumas tarefas são obrigatórias. É preciso ver o histórico recente do tenista, especialmente no mesmo tipo de piso do torneio, e ver se o histórico de duelos anteriores com o rival aponta algo relevante. Além disso, não custa muito olhar resultados e durações das partidas anteriores - desgaste físico sempre precisa ser levado em conta. Ainda vale jogar o nome do tenista no Google para ver se há alguma notícia recente. É raro encontrar algo útil, mas é o tipo de coisa que se deve fazer por desencargo de consciência antes de colocar dinheiro em jogo.

Nada disso garante 100% de sucesso, mas esse tipo de prática sempre aumenta sua chance de sucesso. Se, mesmo assim, você não ganhar o esperado, lembre-se do que escrevi acima: apostar nesse tipo de torneio pequeno nunca foi, não é e nunca será fácil.

Odds que eu acho que acho interessantes:

Começando pelo torneio mais forte, vale investir com odds de 1,44 na vitória de Konjuh sobre Boskovic.

Em Monastir, são atraentes as odds de 2,10 para vitória do argentino Matias Franco Descotte sobre o cabeça 1, Skander Mansouri. Até porque Descotte já bateu o tunisiano este ano em Monastir. Vale o risco.

Em Antália, talvez seja um bom negócio investir na jovem ucraniana Daria Lopatetska, número 216 do mundo aos 17 anos. Odds de 2,37 para uma vitória da adolescente sobre a romena Cristina Dinu, que já foi número 179 do ranking, mas é apenas a 661ª hoje, aos 27 anos, e não vem conseguindo grandes resultados recentemente.

Nos UTR Pro Series, Bernard Tomic, desta vez, encara o compatriota Moerani Bouzige, número 1872 do ranking. Odds de 1,10 para o favorito. Eu prefiro jamais confiar em Tomic. Não custa apostar baixo e tentar as odds de 6,50 para vitória de Bouzige. Como escrevi no texto anterior, nunca se sabe quando Bernardão vai tirar folga sem avisar os espectadores com antecedência.

Ainda nos UTRs e também em Brisbane, parece segura a vitória de Lizette Cabrera sobre a 1.326 do mundo, Annerly Poulos. As odds de 1,20 nem são tão modestas para uma diferença tão grande de nível e ranking.

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