
Impactos causados por tempo reduzido nos treinos livres da Fórmula 1 são citados por Mercedes e Ferrari
Depois de algumas mudanças técnicas serem impostas para a nova temporada da Fórmula 1, o regulamento desportivo também passou por mudanças. Entre elas está o tempo de duração dos dois primeiros treinos livres, que são realizados às sextas-feiras, que passaram de 1h30min para apenas 1h.
O novo formato já foi utilizado na etapa de abertura da temporada, no GP do Bahrein, que aconteceu entre 26 e 28 de março. Depois da finalização do evento, o diretor técnico da Mercedes, James Allison, e diretor técnico da Ferrari, Laurent Mekies, comentaram sobre os impactos da mudança.
“Todas as equipes tiveram que fazer mudanças. Passar de uma hora e meia a uma hora para essas sessões faz uma grande diferença. No ano passado, podíamos nos dar ao luxo de, no início das sessões, esperar alguns minutos, talvez dez minutos às vezes, para deixar outras equipes limparem a pista e colocá-la em um estado onde possamos começar a trabalhar em nosso programa. Esse luxo se foi com essa mudança. Agora, você precisa ir para a pista quando a sessão começar, mantendo sempre os carros andando. Essa falta de meia hora significa que você realmente precisa manter o carro na pista o máximo possível”, explicou James Allison.
Mesmo que meia hora pareça pouco tempo, os times conseguiam testar mudanças nos carros e até pensar em uma filosofia diferente no ajuste deles nesse período. Mesmo assim, Allison acredita que há um lado positivo nessa mudança: sessões de treinos livres mais atrativas para os telespectadores.
“É uma pressão muito grande. Mas também é muito emocionante, e acho que provavelmente é um produto melhor para os fãs porque a ação na pista está sempre lá”, concluiu o profissional da Mercedes.
Do outro lado, Laurent Mekies acha que agora os pilotos precisam ainda mais do trabalho em equipe. De acordo com o profissional francês, a mudança fez com que os atletas precisem de mais informações sobre comportamento do carro e dos pneus.
“Durante o primeiro treino livre você não pode mais tentar as simulações de corrida. Ninguém o fez no Bahrein. Mas talvez no futuro encontremos uma maneira de fazer isso novamente, mas no momento esse tipo de trabalho vai desaparecer, então perdemos esses dados. Durante a segunda sessão de treinos livres, você não pode mais se dar ao luxo de fazer simulação de corrida com dois tipos de pneus diferentes com cada piloto. Teremos que escolher antes do início da segunda sessão: quem vai experimentar o composto macio, quem vai experimentar o composto médio. Caso contrário, não teremos os dados sobre como os diferentes compostos funcionam. Esta situação exige ainda mais trabalho em equipe”, destacou Laurent Mekies.
Escrito por Vitória Drehmer
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