Fernando Alonso critica regra de pneus para aumentar competitividade na Fórmula 1

Não é porque é a Fórmula 1 que críticas não podem aparecer. A prova disso é a fala de Fernando Alonso sobre a regra de pneus criada pela categoria para aumentar a competitividade. Os pilotos que chegam ao Q3 da classificação são obrigados a largarem com os pneus do melhor tempo do Q2 na corrida. Entretanto, o representante da Alpine acredita que a norma tenha efeito contrário e que beneficie equipes de ponta.

Isso porque os carros mais rápidos conseguem marcar o melhor tempo no Q2 com pneus mais duros, o que acaba lhes dando vantagem estratégica. Já os carros mais lentos precisam de compostos mais macios para que consigam chegar ao Q3. O piloto espanhol acredita que esse fato fique ainda mais claro no GP da Áustria, que terá uma seleção ainda mais macia de pneus que da última etapa.

“Vai ser difícil um pit stop. Se você largar com o C5 (macio), será ainda mais difícil. Mas os carros rápidos podem se dar ao luxo de não usar esse pneu. Mas na briga do meio de pelotão, nós não podemos nos dar a esse luxo. E esse é o lado ruim do regulamento. Eles tentam inventar uma regra que beneficie o show, mas acabam beneficiando os times grandes”, disse Alonso.

No GP da Estíria, a Pirelli selecionou os compostos C2, C3 e C4. Porém, na etapa da Áustria, a fabricante italiana optou pelos C3, C4 e C5, os mesmos pneus usados em Mônaco e Baku.

No último final de semana, Alonso fechou a corrida na nona posição, enquanto seu companheiro de equipe, Esteban Ocon, terminou a prova na 14ª colocação. Os resultados deixaram o espanhol no 11º lugar do Mundial de Pilotos com 19 pontos. Entretanto, o representante da Alpine não acredita que o desempenho seja melhor neste domingo.

“Creio que a Áustria não seja nossa melhor pista. Infelizmente são duas corridas aqui, então temos que reduzir o dano em termos de pontos. Acho que fomos bem na corrida um porque marcamos mais pontos que a AlphaTauri e apenas dois a menos que a Aston Martin. Então conseguimos limitar esse dano. Mas na corrida dois será um novo desafio. Tentaremos o melhor, mas será difícil”, explicou o bicampeão.

Escrito por Vitória Drehmer