
Chefe da RBR revela que procurou Mercedes e Ferrari para fornecerem motores para equipe
Apesar de ter parecido ser difícil lidar com a saída dos motores Honda da Fórmula 1, a Red Bull Racing conseguiu encontrar uma solução ao decidir fabricar seus próprios motores. Contudo, antes de tomar essa decisão ousada, o chefe da equipe austríaca, Chirstian Horner, revelou que conversas com a Mercedes e a Ferrari aconteceram com o objetivo das fabricantes serem possíveis fornecedoras do equipamento.
“O movimento mais natural era procurar os fornecedores existentes. A conversa com a Mercedes foi muito curta. O Toto claramente não estava muito interessado. A Renault não tinha planos para fazer um motor para um time como nós. E talvez a mais interessada tenha sido a Ferrari. Chegamos a fazer algumas reuniões para entender como seria esse processo, mas fazer diversas mudanças no carro para integrar motor e chassi seria muito complicado. E foi aí que pensamos: ‘Ok, como resolvemos esse desafio do nosso modo?’ E aí começamos a explorar esse plano em conjunto com a Honda”, disse Horner
A ideia de construir as próprias unidades de potência surgiu logo depois do anúncio da Honda de despedida da categoria no fim deste ano. Com esse cenário, a RBR decidiu negociar com a Fórmula 1 e com as outras equipes para que houvesse um congelamento de desenvolvimento dos motores entre 2022 e 2025. Assim, a escuderia austríaca até já construiu uma fábrica de última geração para a produção, que fica localizada na própria sede, em Milton Keynes, na Inglaterra.
Para dar início a essa difícil tarefa, a RBR tentou contratar 100 funcionários da rival Mercedes, mas só conseguiu assinar contrato com 15 deles. O chefe do time adversário, Toto Wolff, não deixou de comentar sobre o ato e de minimizar o movimento da equipe austríaca.
“Temos cerca de 900 pessoas em Brixworth. Eles abordaram 100 e conseguiram 10 ou 15, principalmente funcionários de manufatura. Se eu fosse construir uma nova fábrica, também começaria assim. Mas entre contratar pessoas e ter uma produção competitiva de motores totalmente instalada e funcional, há um longo caminho. Então, 15 caras e uma construção vazia não vão ser suficientes para ser competitivo em três anos com uma nova unidade de potência”, argumentou Wolff.
Escrito por Vitória Drehmer
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