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A história de Luisa Stefani e Laura Pigossi nos Jogos Olímpicos, que terminou com a medalha de bronze nas duplas, foi possivelmente a mais improvável que a delegação brasileira viu e vai ver em Tóquio - e, por que não, na história da participação verde-e-amarela nas Olimpíadas.

As paulistas não tinham vaga assegurada na competição até o 16 de julho, oito dias antes de sua estreia no Japão. Depois, bateram quatro duplas teoricamente mais fortes, salvando quatro match points nas oitavas de final e mais quatro match points consecutivos na disputa pelo bronze contra as atuais vice-campeãs de Wimbledon. Uma zebra atrás da outra.

O tamanho dessas zebras é fácil de notar analisando as cotações das casas de apostas para cada uma de suas partidas. Na estreia, contra as canadenses Sharon Fichman e Gabriela Dabrowski, cabeças de chave 7, um triunfo de Luisa e Laura pagava 3,75. Nas oitavas, contra as tchecas Karolina Pliskova e Marketa Vondrousova, as odds eram de 3,50 para um triunfo brasileiro.

Nas quartas, contra as americanas Bethanie Mattek-Sands e Jessica Pegula, cabeças de chave 4, as odds eram de 4,33. Na única derrota, que veio diante de Belinda Bencic e Viktorija Golubic, as casa pagavam 2,37 para uma vitória brasileira - curiosamente, as odds menos generosas de todo o torneio. Por fim, na disputa do bronze contra as russas Elena Vesnina e Veronika Kudermetova, as odds eram novamente de 4,33.

Isso significa que quem apostou R$ 50 em Stefani e Pigossi em cada partida terminou os Jogos Olímpicos com R$ 545,50. Uma quantia quase cinco vezes maior do que os R$ 50 iniciais. Uma valorização de 1091%. Uma recompensa mais do que justa para quem levou fé na improvável campanha brasileira.