Faça o login para continuar

Pela segunda vez nos últimos 19 anos, um tenista vence os dois primeiros slams da temporada no circuito masculino. O autor é Novak Djokovic, que repete agora, em 2021, o que fez em 2016. Triunfar no Australian Open e em Roland Garros no mesmo ano é um feito tão raro entre os homens que uma consequência é quase imediata: todos começam a imaginar se é possível que esse tenista ganhe Wimbledon e o US Open no mesmo ano, completando o feito chamado como Grand Slam.

Desta vez, em 2021, a pergunta é ainda mais ousada: será que Djokovic é capaz de completar o Golden Slam, conjunto dos quatro slams e mais a medalha de ouro olímpica em simples? Nunca aconteceu na história do tênis masculino (a alemã Steffi Graf conseguiu em 1988), mas é justo fazer duas afirmações: 1) É possível, e Djokovic já venceu os quatro slams de forma consecutiva uma vez (dois em 2015 e mais dois em 16); e 2) Se alguém é capaz de fazê-lo, o atual número 1 do mundo é O cara.

Obviamente, não é simples. Djokovic ainda precisaria conquistar Wimbledon, o US Open e a medalha em Tóquio. A margem para dias ruins é quase zero. Os desafios serão bem diferentes e específicos em cada evento. Na grama de Londres, é preciso lidar com o perigo dos sacadores e dos tenistas mais agressivos que, no dia certo, podem protagonizar grandes zebras. No Japão, as partidas são em melhor de três sets, o que reduz a margem de segurança (Djokovic teria caído nas oitavas se Roland Garros fosse assim). Por fim, em Nova York, se o sérvio chegar lá com a chance de fechar o Golden Slam, haverá pressão e expectativa adicionais no ambiente nova-iorquino onde o buzz já é maior naturalmente. Será o maior dos testes.

Obviamente, existe todo tipo de elemento intangível em uma projeção assim. Até o fim da temporada, Djokovic pode sofrer com lesões, polêmicas e todo tipo de problema extraquadra - além, é claro, dos desafios naturais de um torneio, como rivais fortes (Federer estará em Wimbledon), variações de clima (calor, frio, sol, chuva, etc.) e horário... enfim: todo tipo de condições de jogo que podem mudar de um dia para o outro.

Dito tudo isso, vale a pena apostar nessa possibilidade? Depende muito das odds e do seu perfil como apostador. Fiz uma busca rápida e vi que a Betfair paga 10 para um no caso de Golden Slam do sérvio. Não me atraem essas odds. É mais ou menos o mesmo que as casas estão pagando para um título de Federer em Wimbledon. Djokovic teria de vencer 20 jogos. Algo mais perto de 20:1 me interessaria mais. Por outro lado, repito: depende do seu perfil de apostador. Se você tem, sei lá, uns R$ 100 (ou 200, 500, 1000, sei lá) sobrando e acredita que vai se divertir torcendo para o sérvio nos próximos torneios, acho válido. Por que não?

Odds que eu acho que acho interessantes

A semana tem ATP em Queen's e Halle e WTAs em Berlim e Birmingham. Todos na grama. Vejamos o que parece atraente nos próximos dias...

Em Halle, gosto de Querrey sobre Humbert (2,37) e também vale olhar com carinho para Hurkacz sobre Auger-Aliassime (2,75). O canadense vem de uma bela semana em Stuttgart, mas jogou no domingo em Stuttgart e estreará já nesta terça em Halle - e uma quadra de grama nunca e igual à outra.

Em Queen's a mesma lógica vale para Ofner sobre Cilic (6,50), que é uma aposta obviamente arriscada, mas Cilic foi campeão em Stuttgart no domingo e, quem sabe, pode não estar totalmente adaptado as condições do torneio inglês na terça. Ainda gosto de Andy Murray sobre Benoit Paire (1,50) e Bublik sobre Chardy (2,00).

Também vou com três opções de combinadas:

  1. Azarenka sobre Petkovic, Muchova sobre Kudermetova e Rybakina sobre Rogers pagando 3,23 em Berlim.

  2. Stojanovic sobre Potapova, Kostyuk sobre Brengle e Hercog sobre Kasatkina pagando 7,16 em Birmingham.

  3. Medvedev sobre Struff e Zverev sobre Koepfer, ambos de virada, pagando 81,00