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Depois de uma temporada 2020 que ficou sem torneios de grama por conta da pandemia, o calendário de 2021 ainda sofre consequências do coronavírus que se espalhou pelo planeta e continua tirando a vida de pessoas por toda parte. A organização de Roland Garros decidiu atrasar o torneio em uma semana para poder ter mais público nas fases decisivas, quando não haverá mais toque de recolher às 21h locais em Paris.

Um consequência curiosa disso é que alguns torneios de grama, que tradicionalmente só têm início após o fim do slam do saibro, estão sendo disputados durante Roland Garros. É o caso do WTA 250 de Nottingham, na Inglaterra, e o ATP 250 de Stuttgart, na Alemanha.

Obviamente, com a chegada dos torneios de grama, a visão do apostador precisa ser diferente. Em vez de acreditar em tenistas com melhor preparo físico e bolas com mais spin, é hora de buscar sacadores, bons devolvedores e tenistas que possam definir pontos com poucas bolas. Menos Schwartzmans e Carreño Bustas, mais Isners e Opelkas.

Como é mais difícil quebrar o saque na grama, as partidas são decididas em poucos pontos, e isso deixa o circuito um tanto imprevisível - pelo menos nos primeiros torneios, quando ainda não está claro quem está com o serviço calibrado ou vivendo um momento especial. Portanto, para o apostador mais conservador, o ideal nesta semana é observar os resultados de Nottingham e Stuttgart e guardar as apostas mais ousadas para a semana que vem. Por outro lado, o cenário é o melhor possível para os mais ousados e querem aproveitar para peneirar em busca daquelas partidas em que as odds das casas de apostas não estejam tão ajustadas.

Enquanto isso, as cartas já estão na mesa em Roland Garros, e vale olhar as quartas e semifinais que vêm por aí.

Odds que eu acho que acho interessantes:

Nadal vence Schwartzman por 3 sets a 0: odds de 1,50. Não é muito, mas Rafa não perde um set em Roland Garros desde 2019. Enquanto isso, Diego faz um bom torneio, mas chega às quartas aquela sensação de que já fez mais do que o esperado.

Djokovic vence Berrettini e ambos vencem um set: odds de 2,50. O favoritismo de Nole é indiscutível, e ele costuma jogar melhor após uma partida dura, como foi a vitória em cinco sets sobre Musetti nas oitavas. Obviamente, o número 1 do mundo pode atropelar o italiano aqui, mas é preciso considerar a hipótese de que Djokovic tenha uma daquelas atuações mais passivas, em que ele deixa o rival agredir no começo. Se isso acontecer, a chance de Berrettini tirar pelo menos um set é boa. Por isso, as odds de 2,50 são atrativas.

Odds de 2,00 para handicap de +4,5 para Sakkari contra Iga Swiatek - dá green se a grega fizer até quatro games a menos que a polonesa, que é favorita ao título. Ou seja, se Iga fizer 6/4 e 6/4 ou 7/5 e 7/5, por exemplo, rola o green. Swiatek e Sakkari nunca duelaram, mas a potência da grega do fundo de quadra pode incomodar a polonesa o bastante para cobrir esse handicap.

Tsitsipas sobre Zverev na semifinal já definida com odds de 1,50. O grego vem de ótimas atuações e joga com boa margem de segurança - mais do que Zverev. Não convém descartar as chances do alemão, mas seria uma enorme decepção se Tsitsipas, depois de eliminar Medvedev em três sets, não alcançar sua primeira final de slam.

Na grama de Stuttgart, gosto de Popyrin sobre Feliciano López com odds de 1,80, Harris sobre Auger-Aliassime a 2,37 contando com a fase ruim do canadense, e Basilashvili sobre Cilic a 3,00, admitindo que o croata é favorito, mas anda inconsistente o bastante para tombar diante de Basilashvili.