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Roger Federer passou por duas cirurgias no joelho direito e ficou mais de um ano sem competir. Seu retorno aconteceu no ATP 250 de Doha, em março, mas não foi uma volta-volta. O suíço não seguiu no circuito mundial. Preferiu não disputar os Masters 1000 de Miami, Monte Carlo, Madri e Roma. Seguiu trabalhando em sua reabilitação, pulando quase toda temporada europeia de saibro, e decidiu voltar agora, em casa, no ATP 250 de Genebra. Um evento de menor porte, mas quase colado em Roland Garros, o que significa que suas sensações esta semana serão determinantes para sua participação em Paris.

Não, Federer não falou - pelo menos abertamente - sobre as chances de não disputar Roland Garros, mas o esperado inicialmente era que o suíço jogasse pelo menos um dos Masters do saibro (Monte Carlo, Madri ou Roma). O torneio da capital espanhola, com condições de jogo mais rápidas e partidas habitualmente mais curtas, seria o lugar ideal, mas não foi essa a opção de Roger. Por isso, convém não descartar o cenário em que ele não se sentirá pronto para jogar um torneio em melhor de cinco sets - algo que não acontece desde janeiro do ano passado.

Atual número 8 do mundo, Federer é o cabeça de chave número 1 do torneio e, por isso, tem o direito de estrear já nas oitavas de final. A chave, porém, não é tão fraca quanto o rótulo "250" pode sugerir. O cabeça 2 é Denis Shapovalov, que teve match points diante de Rafael Nadal na última semana, em Roma. O torneio também conta com Casper Ruud, Grigor Dimitrov, Fabio Fognini, Marin Cilic, Marton Fucsovics e outros nomes interessantes e fortes.

O primeiro adversário de Roger será o espanhol Pablo Andújar (#75), 35 anos, que estreou com vitória sobre Jordan Thompson por 6/0 e 6/4. É um veterano que não é o típico saibrista de trocas longas e bolas mais altas, mas é um atleta que pode causar problemas do fundo de quadra. Caso siga adiante, Federer vai enfrentar nas quartas o vencedor da seção que tem Cilic, Stricker, Fucsovics e Laaksonen. Na semi, pode encarar o jovem promissor Casper Ruud, que vem mostrando um ótimo nível a terra batida e foi semifinalista em Monte Carlo e Madri. Pode ser o primeiro grande teste do suíço no saibro em 2021. Vale ficar de olho na chave.

Onde ver: o ATP 250 de Genebra tem transmissão na ESPN, e Federer x Andújar deve começar por volta das 11h (de Brasília) desta terça. Até quarta-feira, a ESPN exibirá as partidas no ESPN App/Watch. A partir de quinta, o torneio entra na grade da TV.

O que mais acompanhar na semana: embora Federer seja "o" nome da semana, o torneio mais forte é o ATP 250 de Lyon, na França. A chave tem Dominic Thiem, Stefanos Tsitsipas, Diego Schwartzman, David Goffin, Gael Monfils, Jannik Sinner, Félix Auger-Aliassime e Karen Khachanov como cabeças de chave. Além disso, vale ficar de olho no modesto WTA 250 de Parma. A favorita é Serena Williams, que mudou de planos e aceitou um wild card porque perdeu na estreia em Roma, que seria seu único torneio no saibro antes de Roland Garros. Ela já estreou com vitória sobre a qualifier Lisa Pigato, de 17 anos, e vai encarar Katerina Siniakova nas oitavas. Os direitos de transmissão de Lyon e Parma também são da ESPN.

Odds que eu acho que acho interessantes:

Vou manter o que deu certo na última semana, sugerindo mais apostas combinadas, com uma margem de lucro bem maior. De modo geral, um acerto compensa todas as outras "previsões" erradas.

Federer para vencer seu quarto da chave em Genebra com odds de 2,10? Parece justo. Vale a tentativa na bet365.

Odds de 2,62 para que os dois finalistas de Genebra sejam cabeça de chave? Também gosto. Nada é garantido, mas Ruud e Federer estão em uma metade da chave, e não é tão improvável assim que o outro finalista seja Shapovalov, Dimitrov ou Fognini.

Combinada 1: Monteiro sobre Djere e Cuevas sobre Opelka pagando 6,49. Não é a mais provável das combos, já que Opelka acaba de vir de uma semifinal em Roma, mas Cuevas vem do quali, mais adaptado às condições na Suíça. Além disso, o uruguaio venceu o único confronto direto entre eles.

Combinada 2: Gauff sobre Kanepi, Martic sobre Gracheva, Serena em dois sets sobre Siniakova e Errani sobre Bogdan. O sucesso aqui depende do fator "casa", contando com uma zebra protagonizada por Errani. Também é preciso que Serena seja consistente e vença em dois sets, mas não parece tão difícil assim considerando que será seu segundo jogo no torneio. Odds de 10,71.

Combinada 3: Auger-Aliassime sobre Musetti em Lyon, Pella sobre Fognini em Genebra e Monfils x Harris indo a três sets em Lyon. Odds de 11,50.

Combinada 4: como sempre, aquela sugestão de virada dupla. Hoje, vou com Gauff em cima de Kanepi e Schmiedlova sobre Anisimova. Odds de 104,00.