Em Barcelona, Nadal busca encerrar 'jejum' de quase dois anos no saibro

Em Barcelona, Nadal busca encerrar 'jejum' de quase dois anos no saibro

Publicado por Alexandre Cossenza, 20/04/2021

Rafael Nadal não conquista um título de ATP no saibro há quase dois anos, e o ATP 500 de Barcelona, nesta semana, é uma chance para o espanhol não apenas acabar com esse "jejum" em eventos disputados em melhor de três sets, mas também de tirar da boca o gosto amargo de uma atuação abaixo do esperado da última semana, quando foi derrotado pelo russo Andrey Rublev nas quartas de final do Masters 1000 de Monte Carlo.

Sim, é verdade que o Rei do Saibro conquistou Roland Garros no ano passado e foi seu 13º título no slam parisiense - um número obsceno para qualquer padrão histórico do tênis. No entanto, nos torneios menores, disputados em melhor de três sets, Rafa não tem obtido tanto sucesso assim desde 2018, quando foi campeão em Monte Carlo, Barcelona e Roma.

Em 2019, seus resultados foram muito abaixo do esperado. Nadal perdeu nas semis em Monte Carlo (Perdeu para Fognini), Barcelona (Thiem) e Madri (Tsitsipas). Parecia o começo do fim do reinado de Rafa no saibro, mas vieram títulos em Roma, seu último em um ATP, e Roland Garros, e o assunto morreu. No ano passado, o único ATP pré-Roland Garros foi Roma, e Rafa teve uma apresentação abaixo da crítica. Acabou derrotado por Diego Schwartzman nas quartas.

A derrota em Monte Carlo, na última semana, diante de um inspirado Rublev, talvez ainda não seja o sinal de alerta para que os fãs de tênis ressuscitem os debates sobre o declínio do império, mas seguramente incomodou o espanhol, que chega ao ATP 500 de Barcelona desta semana querendo mais.

Para sua sorte, a chave ajuda. Tanto Rublev, o algoz, quanto Tsitsipas, campeão de Monte Carlo, estão do outro lado da chave. Portanto, Rafa deve ter alguns dias para jogar, vencer e adquirir a confiança matadora que todos esperam ver. Se o título, contudo, não vier, que os fãs se preparem para mais uma temporada da pergunta: "será este o ano que Nadal não vai ganhar Roland Garros?" Vale a pena ficar ligado.

Stuttgart tem WTA fortíssimo

O tradicional Porsche Tennis Grand Prix, que agora é um WTA 500, em Stuttgart, nunca foi lá um grande indicador de quem vai fazer sucesso em Roland Garros. O saibro indoor, com condições um pouco mais rápidas do que as encontradas em Paris, não é o ideal para as habituais favoritas, como Simona Halep ou Elina Svitolina.

Ainda assim, por se tratar do primeiro WTA forte no saibro europeu, Stuttgart reúne sempre chaves fortíssimas, e a edição de 2021 não é diferente. Este ano, são sete tenistas do top 10 - Barty (#1), Halep (3), Kenin (4), Svitolina (5), Sabalenka (7), Pliskova (9) e Kvitova (10) - além de nomes de respeito como Bencic, Brady, Sakkari e Ostapenko.

Petra Kvitova, que já conquistou o torneio, seria uma candidata fortíssima, mas sua chave é pesada. A tcheca estreia contra Jennifer Brady e pode encarar, em sequência, Sakkari, Svitolina e Barty/Pliskova. A metade de baixo, menos forte, parece favorecer Halep, mas a romena nunca passou das semis em Stuttgart. Será que 2021 marcará sua primeira vez?

Odds que eu acho que acho interessantes:

Começando pelas apostas mais conservadoras, mas com odds que valham a pena, sugiro Fabio Fognini sobre Bernabe Miralles em Barcelona a 1,50 (odds só não são maiores porque Miralles vem do quali); Matteo Berrettini sobre Marco Cecchinato em Belgrado a 1,53; Marta Kostyuk sobre Kamilla Rakhimova em Istambul a 1,36; Jelena Ostapenko sobre Stefanie Voegele em Stuttgart a 1,44; Thanasi Kokkinakis sobre Jay Clarke no Challenger de Roma a 1,16; e Diane Parry sobre Gabriela Cé no W25 de Oeiras a 1,30. Nas duplas, olho em Ram/Salisbury sobre Garín/Pella a 1,33 em Barcelona; e Stefani/Carter sobre Kichenok/Olaru em Stuttgart a 1,53.

Outras opções, entrando nos outrights, são ambos finalistas cabeças de chave em Barcelona a 1,25; e Ashleigh Barty vencendo seu quarto na chave de Stuttgart a 1,66. As odds 2,05 para Halep vencer seu quarto também parecem atraentes.

Para quem quer prefere odds mais altas - e mais ousadas - recomendo Holger Rune sobre Albert Ramos em Barcelona a 3,40; Jeremy Chardy sobre Denis Shapovalov também em Barça a 3,00; Jennifer Brady sobre Petra Kvitova em Stuttgart a 3,20; Tamara Korpatsch sobre Karolina Pliskova a 8,00 (nunca se sabe com Pliskova em quadra!); e Ivo Karlovic sobre Bjorn Fratangelo no Challenger de Tallahassee a 3,00. Nas duplas odds boas de Cabal e Farah sobre Herbert e Mahut (no saibro) a 1,90; López/López contra Dodig/Murray a 3,00, ambos em Barcelona; e Fichman/Olmos sobre Bencic/Kenin a 2,50.

Saindo do campo de apostar apenas nas vitórias, temos odds de 2,50 para Bublik e Fokina fazerem um jogo de três sets, o que não é nada impossível, dadas as oscilações de ambos. Nas outrights para o título em Stuttgart, as odds de Halep (4,75) e Svitolina (13,00), dadas as suas posições na chave, são interessantes.

Para quem gosta de combinadas loucas e improváveis, deixo duas opções. Primeiro, juntando Musetti de virada sobre Feliciano López e Pliskova de virada sobre Korpatsch temos odds de 88,00. Será? Minha segunda opção seria mais "modesta": vitórias de Bublik, Moutet e Norrie com odds de 19,55 na bet365.

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