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Na edição passada, o Palmeiras era um dos meus favoritos para ganhar o torneio. O MITO dos PALPITES acertou na mosca. Foi assim que aconteceu no dia 30 de janeiro deste ano, no Maracanã, na vitória por 1x0 sobre o rival Santos. O finalista Santos desbancou outros postulantes ao título como Flamengo, River, Boca e Grêmio.

Apontar favoritos não é uma tarefa simples por que depende de muitas variantes: mudança de elenco, perda de um determinado jogador, troca de técnico, aspectos de preparação física, questões financeiras, ausência de torcida e, particularmente, a pandemia de coronavírus que mudou completamente a preparação e a logística dos times.

Nesta Libertadores, vejo novamente Palmeiras, Flamengo, Boca Juniors e River Plate como os principais favoritos ao topo da América.

Vale muito na minha análise, o retrospecto dos últimos cinco, seis anos. Palmeiras é o atual campeão além de semifinalista em 2018. O Flamengo venceu em 2019. O River levou os títulos de 2015 e 2018 e foi semifinalista em 2017 e 2020. E o Boca Juniors foi vice em 2018, além de semifinalista em 2016, 2019 e 2020.

Nesta minha lista de favoritos faltou o Grêmio, campeão em 2017 e semifinalista em 2018 e 2019. O time de Renato Gaúcho foi eliminado, precocemente, na fase prévia de classificação pelo Independiente del Valle, vice-campeão da Libertadores de 2016. Renato foi demitido por causa desta queda prematura.

Limitar favoritismo na Libertadores ao seleto grupo citado é um risco enorme de ser dar mal ao fim da disputa. A Libertadores é traiçoeira, perigosa e muitas vezes imprevisível.

Então, Players, é bom ficar de olho no Independiente del Valle, Atlético MG, São Paulo, Santos, Inter e Velez. Eles podem chegar longe. Destes, exceção ao del Valle, todos foram campeões da Libertadores.

E, claro, a Libertadores reserva em alguns momentos recentes da história, algumas surpresas como San Lorenzo (campeão em 2014), Nacional do Paraguai (vice em 2014), Tigres do México (vice em 2015), Atlético Nacional (campeão em 2016), del Valle (vice em 2016) e Lanús (vice em 2017), que chegaram à decisão da mais importante competição de clubes da América do Sul.

O árduo caminho na fase de grupos começa nesta terça-feira com a participação de quatro times brasileiros: São Paulo, Flamengo, Santos e Internacional.

O GRUPO E do São Paulo não parece ser tão complicado assim, mas a torcida são-paulina já está vacinada com esse discurso. O histórico recente tem sido ingrato com o Tricolor do Morumbi. Quedas na Libertadores para Talleres, Atlético Nacional e na fase de grupos em 2020, e ainda na Copa Sulamericana nas eliminações para Lanús, Colón, Defensa e Atlético Nacional, novamente.

O primeiro adversário do Tricolor será o Sporting Cristal, na estreia em Lima. O Racing da Argentina é o maior rival neste grupo E. O time uruguaio dos Rentistas corre por fora.

Hernan Crespo pode escalar essa equipe: Tiago Volpi; Arboleda, Bruno Alves e Léo; Daniel Alves, Luan, Rodrigo Nestor, Igor Gomes e Reinaldo; Luciano e Pablo.

O São Paulo lidera o grupo dele no Paulistão com seis vitórias, um empate e uma derrota. O ataque é o mais poderoso com 20 gols. Pablo é o artilheiro com 3 gols.

O Sporting Cristal – em boa fase - lidera o grupo B do campeonato peruano com quatro vitórias e 100% de aproveitamento, o melhor ataque (11 gols) e a melhor defesa (1 gol). Destaques para Merlo, Riquelme, Avila e Gonzáles.

No GRUPO G, o campeão de 2019, o Flamengo, terá pela frente dois adversários campeões da Libertadores: Velez Sarsfield (1994) e LDU (2008), e ainda um inexpressivo Union La Calera do Chile.

O debute acontece na Argentina, no estádio José Amalfitani, em meio a críticas ao trabalho de Rogério Ceni feitas por parte da Nação rubro-negra. O técnico reconhece que a atuação contra o Vasco no Cariocão não pode ser repetida. Os torcedores querem mais desempenho do Fla. O zagueiro Rodrigo Caio está suspenso. No ataque, Pedro pede passagem mas deve ser opção durante o jogo.

O Flamengo não vence na Argentina há 20 anos. A última vitória foi em 2001, contra o San Lorenzo, pela Mercosul. De lá para cá foram sete jogos, duas vitórias e cinco empates.

Flamengo provável: Diego Alves; Isla, Willian Arão, Rodrigo Caio, Felipe Luís; Gerson, Diego, Éverton Ribeiro, De Arrascaeta; Gabigol e Bruno Henrique.

Já o Velez - que lidera o grupo B do campeonato argentino - repetirá a formação da vitória sobre o Huracan (2x0), com Hoyos; Guidara, Giannetti, Abram, Ortega; Cáseres, Mancuello, Orellano, Almada, Centurión; Tarragona.

O GRUPO C apresenta o Santos Futebol Clube, tricampeão da Libertadores, vice na última edição.

O Santos e o protagonista Boca Juniors despontam como os mais fortes candidatos na disputa das duas vagas. O Barcelona de Guayaquil corre por fora. O boliviano The Strongest é a zebra.

Os santistas comandados por Ariel Holan, que assumiu a vaga de Cuca, encaram o Barcelona que ocupa a 2ª posição do campeonato equatoriano, dono do melhor ataque (20 gols) e melhor defesa (9 gols).

O Santos não teve dificuldades para alcançar a classificação para a fase de grupos após passar por Deportivo Lara e San Lorenzo.

O retrospecto entre as equipes dá vantagem ao Santos: em oito partidas, três vitórias, um empate e uma derrota.

Santos provável: João Paulo; Pará, Kaiky, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison, Jean Mota, Soteldo e Marinho; Kaio Jorge e Lucas Braga (Marcos Leonardo).

Javier Burrai; Mario Pineida, Fernando León e Williams Riveros; Byron Castillo, Nixon Molina, Bruno Piñatares, Michael Hoyos, Emmanuel Martínez, Damián Díaz; Carlos Garcés.

Já o campenisíssimo Boca Juniors visita o The Strongest, quarta-feira, nas alturas de La Paz, sem Tevez que ganhará o merecido descanso.

No GRUPO B, assim como o Boca, o Internacional encara a altitude de 3,6 mil metros. Com todos os cuidados médicos para suportar os efeitos da falta de oxigênio nas alturas da Bolívia, adversário mais complicado que o próprio Always Ready.

Na última Libertadores, o Internacional vinha bem até encontrar o Boca Juniors nas oitavas de final. A eliminação dolorosa veio nos pênaltis, encerrando o sonho de seguir na busca pelo tri do time de Abel Braga que substituíra o argentino Coudet.

Com o comando agora de Miguel Angel Ramirez, reconhecido pelo excelente trabalho no del Valle, o Inter vem com tudo.

O atacante peruano Guerrero é o desfalque do Colorado. O técnico Ramirez pensa nesta formação: Marcelo Lomba; Heitor, Zé Gabriel (Lucas Ribeiro), Víctor Cuesta e Moisés; Rodrigo Dourado, Edenilson e Praxedes; Patrick, Yuri Alberto (Thiago Galhardo) e Carlos Palacios.

A outra partida do grupo terá Deportivo Tachira da Venezuela e Olimpia do Paraguai. Olimpia e Internacional são “favoritaços” para garantir as vagas nesta chave.

Pelo GRUPO A, na quarta-feira é a vez do atual campeão da Libertadores entrar em campo.

O Palmeiras de Abel Ferreira também buscará o tri da competição. O time mais forte e com o melhor elenco é dirigido pelo estudioso técnico português.

Apesar de todos esses aspectos positivos, a apaixonada torcida palmeirense cobra futebol mais vistoso. Abel sabe disso, e acusou o golpe ao dizer que estiverem infelizes com o trabalho, ele “deixará o cargo”.

Vimos aqui que o clima de cobrança é talvez o maior rival do Palmeiras nesta fase de grupos. Em campo, o único que pode atrapalhar os planos do Verdão é o Independente del Valle.

A estreia em Lima contra o Universitário será com o Palmeiras desfalcado. Breno Lopes (lesão no joelho), o meia Lucas Lima (lesão muscular) e o atacante Gabriel Veron (lesão muscular) estão fora. Raphael Veiga e Gabriel Menino estão recuperados.

Verdão provável: Weverton; Marcos Rocha, Luan, Gustavo Gómez e Victor Luis; Felipe Melo, Patrick de Paula e Raphael Veiga; Wesley, Rony e Luiz Adriano.

O outro confronto do grupo terá Independiente del Valle versus Defensa y Justicia.

No GRUPO H, o elenco milionário Atlético Mineiro, campeão da Libertadores de 2013, é a principal força.

Comandado por Cuca, o técnico do único título da Libertadores, o Galo ainda não está no nível mais alto, mas a expectativa é que com mais tempo de trabalho deva engrenar. Material humano tem de sobra para que o projeto do bi se transforme em realidade. Hulk, Vargas e Nacho se juntam ao time mineiro.

Em Caracas, na Venezuela, o Atlético inicia a trajetória no torneio, nesta quarta-feira, contra o atual campeão nacional Deportivo La Guaira. Enquanto o Galo vem embalado com a disputa do campeonato mineiro, o La Guaira jogou apenas uma vez em 2021, por causa da pandemia de coronavírus que paralisou o futebol venezuelano.

Os rivais diretos do Atlético se enfrentam na Colômbia: América de Cali x Cerro Porteño.

Finalmente, o GRUPO D do Fluminense. Do Flu e do River Plate, e também de Junior Barranquilla e Santa Fé.

Na minha visão, a chave mais complicada da Libertadores 2021 para uma equipe do Brasil. É bom brasileiros e argentinos abrirem bem os olhos.

O primeiro ato é justamente contra um dos grandes favoritos de sempre: o River Plate. Vencer no Maracanã seria o ideal, mas quando se trata de River até o empate é bem-vindo.

Borré e Fred - os artilheiros de River e Flu - são os “caras”.

O Flu perdeu o meia uruguaio Araújo negociado com o Al Wasl, dos Emirados Árabes. Em contrapartida trouxe Abel Hernández, David Braz, Manoel e Juan Cazares.

Único dos sete times brasileiros na Libertadores que nunca ganhou o título, o Flu de Roger Machado ainda não vai contar com todos os novos reforços na estreia, nesta quinta-feira.

Marcelo Gallardo não poderá escalar o volante Carrascal e o zagueiro Rojas (suspensos), e também o zagueiro Pinola (fratura no antebraço). O River deve ter Armani; Montiel, Paulo Díaz, Maidana (D. Martínez) e Angileri; Palavecino, Enzo Pérez, De La Cruz; Beltrán, Borré e Julián Álvarez.

O outro jogo do grupo será disputado entre os times colombianos de Junior Barranquilla e Santa Fé.

O GRUPO F é muito equilibrado, e bem imprevisível. Argentinos Juniors e Nacional Uruguai abrem os trabalhos nesta terça-feira. ja na quinta-feira, Atlético Nacional da Colômbia e Universidad Católica do Chile se enfrentam em Medellin.

Vamos lá, Players. Aqui estão dicas importantes do MITO dos PALPITES para as apostas da Copa Libertadores da América. Boa sorte!