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Todo ano é assim: o calendário do tênis começa quentíssimo na Oceania, alcançando o clímax durante o Australian Open. Pois o primeiro slam de 2021 terminou com títulos de Novak Djokovic e Naomi Osaka, e a primeira semana pós-slam marcou a tradicional "ressaca" do circuito.

Porém, em tempos de pandemia e com o Australian Open terminando mais tarde do que o habitual, não há tempo para longas pausas, e o circuito volta com força total nesta semana com o ATP 500 de Roterdã, na Holanda, e o WTA 500 de Doha, no Catar. Ambos têm chaves fortes e jogos duros já nas primeiras rodadas. O torneio masculino é encabeçado por Daniil Medvedev, vice-campeão do Australian Open, além de Stefanos Tsitsipas, Alexander Zverev e Andrey Rublev. Em Doha, as principais cabeças são Elina Svitolina, Karolina Pliskova, Aryna Sabalenka e Petra Kvitova.

São torneios mais do que interessantes para quem procura oportunidades para apostar e ganhar uma graninha. Não é, porém, tão fácil assim se dar bem quando a chave é tão forte e equilibrada. O mais adequado, a meu ver, é adotar uma postura cautelosa, aceitando odds mais modestas nos confrontos diretos e arriscando com apostas baixas nos campeões. Não são nada ruins, por exemplo, as odds de 11 para um título de Muguruza em Doha ou as odds de 9,50 para Jennifer Brady, vice-campeã do Australian Open.

Brasileiros tentam a sorte em Buenos Aires

Para os sul-americanos, o momento é de tentar somar pontos no saibro, e o torneio da semana é o ATP 250 de Buenos Aires. O único brasileiro a entrar direto na chave principal é Thiago Monteiro, que vem de uma campanha razoável em Córdoba. O cearense avançou até as quartas de final, mas acabou derrotado de forma decepcionante pelo qualifier argentino Juan Manuel Cerúndolo, de 19 anos, número 335 do mundo. Era uma chance de ouro para o atual número 1 do Brasil conquistar seu primeiro título de ATP. Tivesse superado Cerúndolo, Monteiro faria uma semifinal contra Federico Coria, #95 do mundo, e, se avançasse, encararia Albert Ramos (#47) ou Facundo Bagnis (#130). O cenário era um tanto favorável.

Desta vez, em Buenos Aires, Monteiro estreia contra Roberto Carballés Baena (#96) - que ele derrotou em dois sets em Córdoba - e, se vencer, pega o cabeça 4, Miomir Kecmanovic (#41). Enquanto isso, Pedro Sakamoto, Guilherme Clezar e Thiago Wild seguem vivos no qualifying, tentando aumentar o contingente brasileiro na chave principal.

Odds que eu acho que acho interessantes

Enquanto as partidas de primeira rodada não são marcadas, vale, como disse, tentar apostas baixas para os campeões do torneio. Em Doha, como escrevi acima, vou de Muguruza (11 para um em caso de título) e Brady (9,5). Uma opção para os mais ousados é Kiki Bertens (19). A holandesa caiu na metade menos forte da chave, mas vale o alerta: ela passou por uma cirurgia no tendão de Aquiles em outubro e não compete desde então. Doha será seu primeiro torneio desde Roland Garros do ano passado. Só por isso um título de Kiki paga tanto nas casas de apostas.

Em Roterdã, as coisas estão bem equilibradas com Medvedev, Tsitsipas, Rublev e Zverev na chave. Num torneio em melhor de três, qualquer coisa pode acontecer. Como um título de Medvedev paga apenas 2,75 para um, não acho que valha a pena pegar essas odds. Rublev, que tem uma chave menos fraca do que os outros, parece uma opção mais interessante com odds de 6.

Na final do ATP 250 de Montpellier, marcada para a manhã deste domingo (11h de Brasília), o duelo entre Roberto Bautista Agut e David Goffin oferece odds interessantes de 2,75 para o belga. Bautista Agut é o favorito pelo momento, mas Goffin leva vantagem no histórico de confrontos diretos. Ele venceu três das cinco partidas contra RBA e foram justamente as três últimas. O triunfo mais recente de Bautista Agut sobre Goffin aconteceu em 2015.

Não quero que pareça implicância minha com o espanhol, mas em Roterdã há odds de 3 para uma vitória de Alejandro Davidovich Fokina sobre Roberto Bautista Agut. O resultado mais provável é um triunfo de RBA, mas considerando que ele ainda está em Montpellier e terá pouco tempo de adaptação à condições diferentes de jogo na Holanda. Ainda assim, é uma aposta arriscada, o que explica as odds. O mesmo vale para uma vitória de Jan-Lennard Struff (2,37) sobre Goffin na primeira rodada em Roterdã.

Apostas menos arriscadas são Alexander Zverev sobre Alexander Bublik (1,18), Daniil Medvedev sobre Dusan Lajovic (1,10) e Stefanos Tsitsipas sobre Egor Gerasimov (1,18). São odds baixas, mas quantos investimentos de baixo risco por aí costumam render entre 15 e 20%? É questão de ponto de vista...

Incluirei mais tips aqui assim que as casas de apostas divulgarem as odds para os primeiros jogos da chave principal em Doha. Volte por aqui na noite de domingo ou na manhã de segunda.

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