Depois dos três semifinalistas no Challenger de São Paulo, na semana passada, o Brasil tem apenas um representante nas quartas de final em Campinas, no mais tradicional torneio Challenger ativo do país. Em sua décima edição, o evento segue forte para os padrões de seu patamar e acaba refletindo melhor, ao longo dos anos, a posição do tênis masculino brasileiro dentro do continente.
Nesta semana, ao fim da quinta-feira, resta apenas Felipe Meligeni com chances de título. E parece justo que seja ele o melhor brasileiro do período. Foi quem melhor se preparou para a reta final de torneios da temporada, e os resultados estão aparecendo. Foi campeão de duplas em Guaiaquil e, em São Paulo, ganhou simples e duplas. Um feito e tanto, e ele continua vivo nas duas chaves no torneio de sua cidade natal.
O Brasil teve outros três tenistas nas oitavas de final, mas Thomaz Bellucci levou a virada do egípcio Mohamed Safwat (2/6, 6/4 e 6/3), João Menezes foi superado por Dmitry Popko (6/2 e 7/5), e Orlando Luz foi retirado do torneio após testar positivo para covid-19. Os demais perderam logo na primeira rodada: Oscar Gutierrez, Pedro Sakamoto, Guilherme Clezar, João Lucas Reis, Matheus Pucinelli e Thiago Wild.
As quartas de final em Campinas e Maia
Chegamos, então, à reta final dos últimos Challengers do ano. O equilíbrio é grande, e fica mais e mais difícil encontrar aquelas odds realmente boas para fazer uma diferença. O mais recomendável é sempre jogar na segurança, correr poucos riscos. Em Campinas, as quartas de final ficaram assim: Carballés Baena x Safwat; Galán x Popko; Cerúndolo x Bagnis; e Meligeni x Tabilo. Em Portugal, no Challenger de Maia, jogado no saibro indoor, as quartas são estas: Arnaboldi x Ajdukovic; Kovalik x Taberner; Zapata Miralles x Laaksonen; e Coppejans x Sousa. Difícil escolher favoritos, não?
Odds que eu acho que acho interessantes:
O jogo não é fácil, mas com o momento e torcida a favor, talvez valha arriscar mais uma vez em Felipe Meligeni contra Alejandro Tabilo em Campinas. O chileno tem ranking melhor (#173), mas na fase do campineiro, apostamos com a casa. Odds atrativas de 1,82.
Nas duplas, vale o mesmo raciocínio: quando há equilíbrio, apostar com o momento. Felipe Meligeni e Luís David Martínez, campeões em Guaiaquil e São Paulo, pegam nas semifinais os americanos Martin Redlicki e Hunter Reese, cabeças 3. Seguimos com brasileiro e venezuelano (ainda sem odds definidas).
O cabeça 1, Roberto Carballés Baena, é bastante favorito diante do egípcio Mohamed Safwat, que, convenhamos, nem deveria ter passado por Bellucci nas oitavas. Odds de apenas 1,18 para o espanhol, mas parece o resultado menos arriscado das quartas de final no torneio brasileiro.
No circuito feminino, onde só restam torneios pequenos, o momento de Carol Meligeni (irmã de Felipe, sobrinha de Fernando), #406 do mundo, é bom. Ela venceu seus últimos sete jogos sem perder sets, conquistando o título do W15 do Cairo, no Egito, no último domingo. Esta semana, nas quartas de final de outro W15 no Cairo, ela encara a portuguesa Ines Murta (#620). Odds de apenas 1,17, mas que sobem para 1,36 em caso de vitória por 2 sets a 0.
