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O calendário da elite chegou ao fim no último domingo, com o título de Daniil Medvedev no ATP Finals, em Londres. O tênis, no entanto, não para, e o circuito mundial continua com torneios menores espalhados pelo planeta. A hora é a melhor possível para acompanhar os 11 brasileiros inscritos na chave principal do Challenger de São Paulo, que começou nesta segunda-feira, no Clube Hípico Santo Amaro, na maior metrópole do país.

A lista de atletas da casa começa com Thiago Monteiro, número 1 do Brasil e 84 do mundo, e inclui também Thiago Wild (#115), João Menezes (#204), Thomaz Bellucci (#288), Felipe Meligeni (#306), Pedro Sakamoto (#308), Orlando Luz (#315), João Lucas Reis (#574), João Sorgi (#658), Igor Marcondes (#818) e Matheus Pucinelli (#936). Dos 11, na verdade, restam dez, já que Marcondes foi eliminado por Sakamoto já nesta segunda, na primeira rodada.

É uma chance boa para conquistar pontos em casa, no saibro, e com torcida a favor - ainda que a entrada de público no torneio esteja limitada a 200 pessoas. Para os que moram na cidade, já acostumados com a altitude de cerca de 750m, a chance é melhor ainda. Além disso, como o calendário inclui dois Challengers na América do Sul esta semana - Lima recebe o outro torneio - as atenções ficaram divididas. Ou seja, a chave de São Paulo não é tão forte. É, seguramente, muito mais fraca do que a do Challenger de Campinas, marcado para a semana que vem.

Isso não significa um torneio desinteressante. Longe disso. Porém, com 11 brasileiros, as chaves de um campeão caseiro aumentam consideravelmente. É preciso considerar também que bbaixo do top 100, o tênis é muito mais equilibrado, e rankings não fazem tanta diferença. Menezes, #204, pode muito bem encontrar problemas diante de Sorgi, 658º da lista. E isso vale para todos na chave.

Menezes x Sorgi é apenas um exemplo dos vários jogos interessantes já na primeira rodada. Outro duelo bom é entre Monteiro e o português Gastão Elias, atual #427 do mundo, mas que já foi top 60. Ainda nessa primeira fase, vale ficar de olho no confronto de Thiago Wild e Orlandinho, que foram os mais badalados juvenis do país nos últimos anos, e no jogo de Bellucci com o russo Teymuraz Gabashvili que coloca frente a frente dois ex-top 50 que já passaram dos 30 anos e tentam voltar a torneios maiores.

Odds que eu acho que acho interessantes:

Correndo o risco de soar como Capitão Óbvio, vou de Thiago Wild contra Orlandinho no Challenger de São Paulo. Odds modestas de 1,30 que me parecem justas para a diferença técnica entre eles. Em um dia normal, Wild deveria vencer sem grandes problemas.

Ainda sem odds definidas porque o jogo não está agendado, mas Bellucci precisa ser considerado favorito contra Gabashvili. O histórico de confrontos diretos registra 5-0 para o brasileiro, e o encontro mais recente aconteceu há duas semanas, no Challenger de Cary, nos EUA: 6/3 e 7/6(7).

Vale ficar de olho em um joguinho "escondido" no W15 de Las Palmas de Gran Canarias, na Espanha. A brasileira Gabriela Cé (#239), que perdeu seus dez últimos jogos, tenta quebrar a sequência. Ela é cabeça de chave 1 do torneio e estreia contra a holandesa Suzan Lamens (#480). O histórico sugere aposta na europeia aqui. Odds de 1,72.

No Challenger de Lima, no Peru, há boas odds para vitória do argentino Federico Coria (#91) sobre o espanhol Mario Vilella Martínez (#190), que vem de três derrotas seguidas. A vitória de Coria paga 1,52.