Elite briga no ATP Finals, e simplistas brasileiros lutam nos Challengers

Com o fim do calendário da WTA, resta aos fãs da elite do tênis acompanhar o ATP Finals. O evento, que reúne os oito primeiros do ranking mundial em Londres, começou no domingo e tem Novak Djokovic, Rafael Nadal, Dominic Thiem, Daniil Medvedev, Alexander Zverev, Stefanos Tsitsipas, Andrey Rublev e Diego Schwartzman. É o último do calendário ATP. Depois disso, sobrarão apenas os Challengers e eventos do World Tennis Tour, que dão premiações bastante inferiores.

O Finals começou no domingo e, até agora, os favoritos venceram. Nadal bateu Rublev, Thiem superou Tsitsipas e Djokovic passou fácil por Schwartzman. No último jogo da primeira rodada da fase de grupos, Medvedev superou Zverev por 6/3 e 6/4. É justo dizer que os quatro resultados da chave de simples reforçaram os conceitos sobre o favoritismo de Djokovic e o status de azarão de Schwartzman.

Também ficou claro que Nadal está em boa forma e deve mostrar um bom tênis até o fim de sua participação. No entanto, em uma quadra dura indoor e rápida como a deste ano, convém colocá-lo abaixo de Djokovic na listinha de candidatos ao título. O confronto de terça-feira contra Thiem deve deixar o cenário um pouco mais claro. Quem também parece em boas condições é Medvedev, que deu um passo importante ao bater Sascha. No mesmo grupo de Djokovic e Schwartzman, a expectativa é que essa vitória seja o bastante para garantir ao russo, pelo menos, o segundo lugar e a vaga na semifinal.

O Finals também tem a participação dos brasileiros Marcelo Melo e Bruno Soares. O primeiro, que joga ao lado do polonês Lukasz Kubot, perdeu sua estreia para Rajeev Ram e Joe Salisbury por 7/5, 3/6 e 10/5. Soares, por sua vez, venceu ao lado do croata Mate Pavic. Eles fizeram 6/7(6), 6/1 e 10/4 em cima de Jurgen Melzer e Edouard Roger-Vasselin. Como a primeira fase do torneio é disputada em formato round robin, ambos seguem com chances de avançar às semifinais.

Para os simplistas brasileiros, restou o circuito dos Challengers, torneios menores que os ATPs e que distribuem menos pontos e dinheiro. Nesta semana, Thiago Monteiro e Thomaz Bellucci foram jogar nas quadras duras de Orlando. Monteiro, principal cabeça de chave do torneio e #84 do mundo, ainda não estreou, enquanto Bellucci foi eliminado na primeira rodada.

Outros decidiram ir ao saibro de Guaiaquil, no Equador, mas os três brasileiros inscritos no torneio caíram logo na primeira rodada. Felipe Meligeni (#304) foi superado pelo peruano Juan Pablo Varillas (#157), Pedro Sakamoto (#306) perdeu para o argentino Francisco Cerúndolo (#198), e João Menezes, atual número 3 do Brasil e #204 do mundo, caiu diante do chileno Alejandro Tabilo (#174).

Odds que eu acho que acho interessantes:

Como o Finals é equilibrado, as odds são um pouco mais altas, mas o risco também é maior. É bastante difícil cravar qualquer coisa aqui, ainda mais com o torneio disputado em melhor de três. Mas se é preciso escolher favoritos, vamos a eles. Para terça-feira, gosto das chances de Tsitsipas contra Rublev. A vitória do grego para 1,80. Outra opção interessante - e diferente - é apostar que o jogo será decidido em três sets (odds de 2,00).

Na quarta-feira, vou de Djokovic derrotando Medvedev e Zverev superando Schwartzman (ainda sem odds).

Na chave de duplas, quem achar que Melo e Kubot vão repetir a vitória de Viena sobre Krawietz e Mies (jogo apertado, 10/8 no match tie-break) encontra odds interessantes de 1,71. Como as duas duplas perderam seus primeiros encontros no Finals, é praticamente um jogo de vida ou morte. Gosto de Marcelo Melo nessas ocasiões.

Não são nada ruins as odds de 1,35 para uma vitória de Thiago Monteiro sobre Stefan Kozlov em Orlando, ainda que o torneio seja em quadras bem rápidas. Monteiro fez frente a bons sacadores este ano e, num dia normal, é bastante favorito aqui.