Guia do Brasileirão 2021

Guia do Brasileirão 2021

Publicado por Leandro Quesada, 27/05/2021

Por Leandro Quesada, do ThePlayer.com

Ainda sem as torcidas nos estádios, com Flamengo buscando o tri, Palmeiras mais forte com Dudu, Atlético e Internacional incomodados com longas filas sem títulos e Fred buscando top 3 dos artilheiros históricos, o Brasileirão 2021 começa com expectativa de terminar ainda nesta temporada.

Pelo segundo ano seguido, a bola começa a rolar no campeonato brasileiro da Série A sem a presença de público nas arquibancadas, mas com boas perspectivas de liberação ao longo da competição que desta vez tem início na data certa. Em 2020, por causa da pandemia de coronavírus, a competição começou apenas em agosto, se encerrando em fevereiro deste ano.

No GUIA DO BRASILEIRÃO do The Player você conhece os 20 times que disputarão o torneio em 38 rodadas, no sistema todos contra todos em dois turnos, por pontos corridos.

As chances de cada um, os times favoritos, os coadjuvantes, as zebras, as possíveis surpresas, as estrelas e técnicos, os maiores campeões, os maiores artilheiros e goleadas, e muito mais para você curtir e se inteirar antes das apostas. Certo, players?!


Flamengo

Bicampeão brasileiro em 2018 e 2019, o Flamengo traçou como objetivo a busca pelo terceiro título seguido, algo conquistado pelo São Paulo em 2006-07-08. O então goleiro-artilheiro Rogerio Ceni - personagem histórico daquela sequência do Tricolor do Morumbi - segue no comando técnico do Fla para fazer a mesma narrativa, agora na Gávea.

A base do time se mantém pela terceira temporada seguida com poucas modificações. Dos titulares de 2019, Rafinha (hoje no Grêmio) e Pablo Mari (no Arsenal) foram os únicos que saíram do Fla.

A “SeleFla” ganhou reforços de lá pra cá. Pedro, o Grande, foi sem dúvida o que deu mais retorno com gols. Depois vem o experiente lateral direito chileno Isla. Ainda não emplacaram, Michael, Leo Pereira, Gustavo Henrique e Tiago Maia.

Há o risco iminente de perder Gerson, na mira de alguns clubes da Europa.

Time base: Diego Alves, Isla, Rodrigo Caio, Willian Arão e Filipe Luís; Diego, Gerson, Everton Ribeiro e Arrascaeta; Gabigol e Bruno Henrique. Técnico: Rogério Ceni.


Palmeiras

De bate pronto, o Palmeiras é o grande rival do rubro-negro na luta pelo Brasileirão. Campeão da Libertadores e da Copa do Brasil de 2020, o Verdão vem com tudo para ampliar a liderança de dez títulos brasileiros que tem no currículo.

A propósito, nas últimas seis edições, o título do Brasileirão não saiu das mãos de três times: Flamengo (2019-20), Palmeiras (2016 e 18) e Corinthians (2015 e 17).

Na passagem de 2020 para 2021, o Verdão disputou três finais: Supercopa do Brasil, Recopa Sulamericana e Paulistão. Perdeu as três. De positivo, na atual Libertadores garantiu vaga às 8ªs de final, mantendo o sonho do tri.

Para competir com maiores chances, o Palmeiras trouxe de volta Dudu, do Al Duhail do Catar. O que era bom, ficou melhor ainda.

Time base: Weverton; Marcos Rocha (Menino), Luan, Gómez e Empereur e Viña; Danilo (Felipe Melo), Patrick de Paula (Menino), Raphael Veiga; Dudu, Rony e Luiz Adriano (Willian). Técnico: Abel Ferreira.


Corinthians

Se Fla e Palmeiras despontam como favoritos mais uma vez, o mesmo não podemos falar do Timão, três vezes campeão na década passada (2011/2015/2017) mas que agora não mostra tanta força além da tradicional camisa para lutar pela taça.

É fato que no ano da última conquista do Brasileirão (2017) vivia ainda o embalo de outros títulos de peso (Copa do Brasil, Libertadores, Mundial de Clubes e dois Brasileiros). A química entre elenco e o técnico Carille deu certo. Desta vez é diferente: o Timão não ganhou nada no âmbito nacional e internacional nos últimos três anos, monta times nada competitivos e respira o ambiente conturbado na política e nas finanças.

Após as recusas de alguns técnicos como Renato Gaúcho e Diego Aguirre para substituir Vagner Mancini, o Corinthians acertou com Sylvinho, criado no “Terrão”, ex lateral do Timão entre 1995 a 1999. O técnico terá de construir o novo modelo de jogo com o mesmo elenco que há pelo menos três temporadas faz a Fiel sofrer.

Time base: Cássio; Fagner, Gil (Raul), Jermerson (Bruno Méndez) e Fábio Santos (Piton); Xavier Cantillo), Gabriel (Roni), Mateus Vital (Otero) e Luan; Léo Natel e Jô. Técnico: Sylvinho.

Se não é o Timão, então quais times podem quebrar esse favoritismo de Flamengo e Palmeiras para colocar a faixa de campeão no peito?

São Paulo, o campeão paulista? Atlético, o campeão mineiro? Grêmio, campeão gaúcho? Internacional, Fluminense ou Santos?


São Paulo

Altos e baixos marcaram a campanha do São Paulo no Brasileirão 2020. O Tricolor chegou a liderar o campeonato com sete pontos de vantagem sobre o 2º colocado. A derrota para o Inter por 5x1 no Morumbi fez tudo desmoronar. Pouco depois, a direção de futebol jogou a toalha e demitiu o técnico Fernando Diniz.

Crespo assumiu nesta temporada de 2021, transformou o Tricolor, conquistou o título do Paulistão que não vinha desde 2005 e o classificou às oitavas de final da Libertadores.

O técnico argentino realizou trabalho reconhecido no pequeno Defensa y Justicia, campeão da Copa Sulamericana 2020.

Centroavante de nível internacional, ex River, Parma, Lazio, Milan, Inter de Milão e que disputou três Copas pela Argentina, Crespo é a referência para os atacantes do Tricolor, como Pablo que já recebeu algumas dicas do ex atacante. A saída de Brenner abre espaço para Pablo ser o parceiro de Luciano.

Os reforços pontuais de destaque foram o zagueiro ídolo Miranda que está de volta ao Morumbi, o meia argentino Benítez (ex Vasco) e o atacante Eder (ex Inter de Milão). E ainda o recém-chegado Rigoni, meio-campista argentino, campeão da Sulamericana de 2017 pelo Independiente com Benítez.

A estrela do time é Daniel Alves, escalado por Crespo na lateral direita - posição que o consagrou no futebol - e não mais tão avançado no meio-campo.

Time base: Tiago Volpi, Arboleda, Miranda e Léo; Daniel Alves, Luan, Liziero, Benítez e Reinaldo; Luciano e Pablo. Técnico: Hernán Crespo.


Atlético MG

O milionário Galo tem tudo para quebrar o longo jejum de 5 décadas sem erguer a taça do Brasileirão. No ano passado, o argentino Sampaoli deu esperanças para a massa atleticana mas perdeu fôlego e ficou pelo caminho.

A qualidade já era vista no elenco com peças como Keno, Arana. Junior Alonso, Allan, Alan Franco, Guga, Jair, Zaracho, Savarino. Marrony e Vargas (que chegou em novembro).

Nesta temporada se incorporaram ao time Hulk, Nacho Fernandes, Dodô e Tchê Tchê. A volta de Tardelli após 10 meses de contusão dá a Cuca a chance de repetir com o experiente atacante, o sucesso de 2013 na Libertadores.

Cuca, campeão brasileiro em 2016 pelo Palmeiras, é o comandante deste Super Galo. As críticas iniciais dos torcedores cessaram com a classificação para as 8ªs da Libertadores com a 1ª colocação geral na fase de grupos e a conquista do campeonato mineiro.

Time base: Everson, Guga, Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; (Jair) Tchê Tchê, Zaracho (Allan) e Nacho Fernández; Savarino (Vargas), Keno (Tardelli) e Hulk. Técnico: Cuca.


Internacional

Outro gigante do futebol nacional que não vence o Brasileirão desde 1979, tem batido na trave nos últimos anos. O Inter foi vice em 2006 e 2020 (com Abel Braga), vice também em 2005 (Muricy) e 2009 (Tite e depois Mário Sérgio). Ainda foi 3º colocado em 2014 outra vez com Abel.

Sob o comando espanhol de Miguel Angel Ramirez, a permanência de Guerrero e o retorno de Taison, o Colorado quer transformar em realidade as projeções de todas as temporadas em que é apontado como um dos postulantes ao título.

Mas há uma pulga atrás da orelha da torcida: o tabu de ver o Grêmio nas últimas quatro temporadas levar o Gauchão, algo que aumenta a pressão no âmbito nacional também. A pressão segue no Beira-Rio, o que não é nenhuma novidade.

E na Libertadores? Bem, o Colorado conseguiu a vaga para disputar a próxima fase da Libertadores (8ªs de final).

Time base: Marcelo Lomba, Heitor (Rodinei), Zé Gabriel, Víctor Cuesta e Moisés; Rodrigo Dourado, Edenílson e Praxedes (Taison); Palacios, Yuri Alberto (Thiago Galhardo) e Patrick (Guerrero). Técnico: Miguel Ángel Ramírez.


Grêmio

Nos últimos anos era comum ouvir que o Grêmio não se dedicava muito ao Brasileirão porque priorizava a Libertadores. O vitorioso técnico Renato Gaúcho alimentava esse pensamento, mas agora essa retórica acabou. Dedicação total ao Brasileirão é o mínimo que a torcida gremista espera depois da eliminação precoce na Libertadores deste ano.

A contratação impactante de Douglas Costa eleva o nível do setor de ataque do Grêmio. Douglas, Jean Pyerre e Ferreira vão municiar o veterano Diego Souza. A dupla de zaga segue firme com Geromel e Kannemann. A chegada do experiente lateral Rafinha encorpou a equipe.

A referência do Grêmio é Diego Souza, o maior goleador do Brasil na temporada passada (28 gols), e que busca chegar ao Top 5 dos maiores artilheiros da história dos campeonatos brasileiros (hoje ele é o 9º, com 122 gols).

O tetra do Gauchão conquistado contra o maior rival reforça a confiança no trabalho do recém-chegado Tiago Nunes, substituto de Renato no comando.

Time base: Brenno, Rafinha (Vanderson), Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa; Thiago Santos e Matheus Henrique (Maicon); Douglas Costa (Alisson), Jean Pyerre e Ferreira; Diego Souza. Técnico: Tiago Nunes.


Fluminense

Quando Odair Helmman se transferiu para o Al Wasl, dos EAU, o Fluzão ocupava a 5ª posição do Brasileirão. Com o eterno interino Marcão no restante do campeonato, o time se superou ao realizar campanha que o levou até a vaga na Libertadores.

O novo projeto é encabeçado pelo treinador Roger Machado, que ganhou vários reforços: os atacantes Abel Hernandez (Internacional) e Bobadilla (Guarani do Paraguai), o meia Cazares (ex Atlético e Corinthians), os zagueiros David Braz (Grêmio), Manoel (Cruzeiro) e Rafael Ribeiro, o volante Wellington (Athlético PR) e o lateral Samuel Xavier (Ceará).

“Vovôs” e “garotos” mesclados dão o tom do velho novo Fluzão: Fred e Nenê e os moleques de Xerém, Kayky, Luiz Henrique, Gabriel Teixeira e Caio Paulista.

O Flu tem elenco, mas precisa montar um time competitivo e que seja menos retroativo como foi visto no Cariocão e na Libertadores.

Na decisão do estadual não conseguiu parar o tri do Flamengo. Na Libertadores, o time de Roger Machado garantiu a vaga na fase de 8ªs de final ao bater, na Argentina, o River Plate – maior campeão da competição na década passada.

A especial participação será de Fred, que deverá ultrapassar Edmundo e Romário na lista de artilheiros históricos do Brasileirão. Assim ficaria atrás apenas de Roberto Dinamite.

Time base: Marcos Felipe, Calegari, Nino, Luccas Claro e Egídio; Martinelli, Yago e Nenê; Luiz Henrique, Fred e Kayky. Técnico: Roger Machado.


Santos

A temporada 2021 começou bem difícil para o Santos. Caso bem peculiar de superação, o time da Vila Belmiro ultrapassa nos últimos anos muitas adversidades econômicas, provocadas por más gestões do clube. A resposta vem em campo com a presença na final da Libertadores (2020) e o vice do Brasileirão de (2019).

As perdas de Lucas Verissimo (Benfica), Pituca (Kashima Antlers) e Soteldo (Toronto FC) enfraquecem quanto o Santos desta atual temporada? Uma questão que será respondida aos poucos.

Marinho e os “meninos da Vila” João Paulo, Kaio Jorge, Kayky, Vinicius Balieiro e Pirani estão aí, outra vez, pra fazer a reviravolta. O retorno do experiente meio-campista Sanchez é aguardado pela torcida.

A saída de Cuca, a passagem curta do argentino Holan e agora a vinda de Fernando Diniz dificultam a estabilidade do pensamento de jogo. A cabeça dos jogadores muda o ´chip´ toda hora a cada troca de comando técnico.

O Santos quase foi rebaixado no Paulistão, e na Libertadores fracassou na fase de grupos após quatro derrotas em seis jogos.

Time base: João Paulo, Pará, Kaiky, Luan Peres e Felipe Jonatan; Alison, Vinicius Balieiro e Gabriel Pirani; Marinho, Marcos Leonardo e Lucas Braga. Técnico: Fernando Diniz.


Bahia

O Bahia viveu há poucos dias as glórias e as dores em três competições diferentes.

O título da Copa do Nordeste contra o Ceará fortalece o poder do Tricolor na região. Já nos cenários baiano e sul-americano, a situação foi oposta. No estadual, eliminado nas semifinais pelo homônimo Bahia de Feira, e na Copa Sulamericana também caiu depois de uma campanha instável.

A questão é entender se o elenco atual pode oferecer ao Bahia mais repertório do que o time mostrou. É evidente não ser possível abrir mão de Gilberto, Rossi e Rodriguinho - os destaques do Tricolor da boa terra. Os reforços mais destacados: o meio-campista Thaciano (Grêmio), o zagueiro argentino Germán Conti (Benfica) e Luiz Otávio (Chape) e o atacante Thonny Anderson (ex Cruzeiro, Grêmio, Athletico PR e RB Bragantino). Eles estão prontos para fazer a alegria da torcida do “Bahêaaaa!”.

Dado Cavalcanti – técnico substituto de Mano Menezes em dezembro do ano passado – sabe, no entanto, que no Brasileirão o patamar é outro, e evolução é mais do que necessária.

Time base: Douglas Friedrich, Nino, Germán Conti, Luiz Otávio e Matheus Bahia; Patrick de Lucca, Daniel e Thaciano; Rossi, Rodriguinho e Gilberto. Técnico: Dado Cavalcanti.


Fortaleza

Um argentino, descendente de croatas, de 46 anos, tem a missão de comandar o Fortaleza no Brasileirão. Juan Pablo Vojvoda, ex zagueiro do Newell`s Old Boys - onde iniciou a carreira de técnico - já introduziu na cabeça dos jogadores que a intensidade e equilíbrio serão os lemas do time.

Vojvoda assumiu no lugar de Enderson Moreira com a expectativa de fazer o Fortaleza ser mais ofensivo e agressivo.

Duas peças fundamentais para a construção da equipe que vai buscar mais gols são David e Wellington Paulista. Ambos marcaram o mesmo número de gols nesta temporada: 5. David em 16 jogos; Wellington em 17.

A experiência de Welington Paulista – 38 anos – é prestigiada pelo novo treinador. Ele se encaixa no perfil do camisa 9 que Vojvoda deseja para fazer gols e também ser o pivô.

A campanha invicta em nove jogos, com 26 gols feitos, apenas dois sofridos, na conquista do tricampeão estadual contra o Ceará enche o Fortaleza de esperança por boa participação no Brasileirão que o leve à Libertadores 2022.

Time base: Felipe Alves, Daniel Guedes (Tinga), Marcelo Benevenuto, Wanderson (Titi) e Carlinhos; Ederson, Jussa e Matheus Vargas; Robson, David (Romarinho), Wellington Paulista. Técnico: Vojvoda.


Ceará

O Ceará Em 2020, o “Vozão” foi o melhor nordestino na Série A quando terminou na 11ª posição à frente de campeões brasileiros como Corinthians, Bahia, Sport, Vasco, Botafogo e Coritiba.

O trabalho de Guto Ferreira está consolidado para buscar algo maior no Brasileirão. Nas finanças, o Ceará se organizou para dar conforto e tranquilidade ao elenco e técnico.

A organização financeira foi possível contratar muita gente para todas as posições nesta temporada. Destaques para o goleiro João Ricardo (ex Chape), o atacante Jael –campeão da Libertadores pelo Grêmio em 2017, e os também atacantes colombianos Steven Mendoza (ex Corinthians) e Yony Gonzáles (ex Fluminense).

Em campo nesta temporada 2021, os resultados recentes ligaram o sinal de alerta, no entanto. As finais da Copa do Nordeste - perdida para o Bahia - e do campeonato cearense - para o rival Fortaleza - aumentaram as discussões sobre a força do Ceará na disputa do campeonato nacional para repetir e até melhorar o desempenho da edição passada.

Time base: Richard, Gabriel Dias, Luiz Otávio, Messias e Bruno Pacheco; Willian Oliveira e Charles; Vina (Yone Gonzales), Lima, Felipe Vizeu, Steven Mendoza. Técnico: Guto Ferreira.


Sport

A meta do Sport é não sofrer como no Brasileirão 2020, quando correu o risco de rebaixamento. Os últimos resultados na atual temporada não apontam para uma vida mais tranquila no torneio.

As quedas na Copa do Brasil e Copa do Nordeste pressionaram o Sport a vencer o campeonato estadual. E o time da Ilha do Retiro falhou outra vez.

Os dois jogos da final contra o rival Náutico ficaram empatados por 1x1. Na decisão por pênaltis, o rival venceu e levou a taça

Umberto Louzer (ex Chape) assumiu o lugar de Jair Ventura e agora se vê mais pressionado ainda às vésperas da estreia no Brasileirão.

A notícia comemorada por boa parte da torcida do Sport é a volta do artilheiro André, após três anos longe da Ilha do Retiro. Ele se junta aos atacantes Neilton, Everaldo, Toró, Tréllez e o jovem Mikael (goleador do time com 7 gols na temporada 2021). A missão dos atacantes do Sport é fazer os gols que faltaram no Brasileirão passado. O time teve o pior ataque com apenas 31 gols ao lado do rebaixado Coritiba.

Time base: Maílson, Patric, Adryelson, Maidana e Sander; Marcão (Júnior Tavares), José Welison (Betinho) e Thiago Neves; Neílton, Toró (Everaldo) e Mikael (Tréllez). Técnico: Umberto Louzer.


Red Bull Bragantino

O selo Red Bull de gestão esportiva recolocou a marca Bragantino de volta ao cenário dos grandes do futebol do Brasil. Sucesso na Alemanha e na Áustria, sucesso em Bragança Paulista. Organização e gestão que servem de referências para os tradicionais times da Série A e os que não estão nela no momento.

Maurício Barbieri desde setembro do ano passado no cargo de técnico teve o vínculo prolongado até o final de 2022.

Claudinho eleito o craque do Brasileirão 2020 é a estrela do Red Bull Bragantino. Claudinho é o “cara’ pelos gols que faz e também pela movimentação em todo campo, com total liberdade. A zaga bem postada com Leo Ortiz e Fabricio Bruno, volantes e meias firmes sem a bola e ariscos na hora de fazer a transição para o ataque onde encontram também Arthur e Ytalo.

A vaga na Libertadores é o mínimo que o time da amável Bragança Paulista almeja no Brasileirão. O Bragantino já está saboreando o aperitivo da participação na atual Sulamericana em que avançou de fase.

Time-base: Cleiton, Aderlan, Léo Ortiz, Fabrício Bruno e Edimar; Raul (Ryler), Lucas Evangelista (Ramirez) e Claudinho; Artur, Helinho e Ytalo. Técnico: Barbieri


Athlético PR

O modelo de organização no futebol vem também do Paraná. Os títulos da Copa do Brasil e Sulamericana, e participações na Libertadores, reforçam a posição do Furacão no mapa dos maiores clubes do país.

Caso de time que se reinventa toda temporada ao perder jogadores de sucesso: Weverton, Pablo, Rony, Léo Pereira, Raphael Veiga, Renan Lodi e Bruno Guimarães.

Santos, Thiago Heleno e Nikão, remanescentes das conquistas da Sulamericana e Copa do Brasil, se mesclam aos novos talentos e reforços contratados.

O argentino Lucho Gonzáles se despediu do Furacão. Sem o argentino, outro meia empresta a experiência ao time da baixada: Jadson - vice brasileiro em 2004.

A chegada de Mateus Babi, a contratação mais cara da história do clube, dá ao Furacão a opção do camisa 9, o centroavante de fato.

Babi já foi decisivo ao anotar um gol na vitória sobre o Paraná Clube, no jogo de ida das quartas-de-final do campeonato paranaense. O camisa 9 agradou o técnico português Antônio Oliveira, deixando a expectativa de boas atuações e muitos gols no Brasileirão.

Time base: Santos, Erick, Pedro Henrique, Thiago Heleno e Abner; Richard, Fernando Canesin e Cittadini; Vitinho, Nikão e Renato Kayzer (Babi). Técnico: António Oliveira.


América Mineiro

Com a ausência do Cruzeiro, pelo segundo ano consecutivo, o América ocupa o lugar importante no cenário do futebol de Minas no Brasileirão.

O termômetro recente foi a presença americana nas finais do campeonato estadual em que parou o Atlético com dois empates por 0x0. Isso não é pouco se olharmos o elenco do Galo.

Lisca, o técnico mais longevo dos clubes que disputam a Série A (desde janeiro de 2020) tem o controle absoluto do time.

Rodolfo mantém o alto nível apresentado em 2020, quando foi artilheiro da equipe, com 17 gols. Neste ano já marcou sete vezes, e poderia ser oito gols se não tivesse desperdiçado o pênalti na final contra o Atlético, no Mineirão. O título estadual que escapou em Belo Horizonte seria a coroação do trabalho bem conduzido no América.

Time base: Matheus Cavichioli, Diego Ferreira, Anderson, Eduardo Bauermann e João Paulo; Zé Ricardo, Juninho, Alê e Bruno Nazário; Felipe Azevedo e Rodolfo. Técnico: Lisca.


Chapecoense

A namoradinha do Brasil ganhou o apoio dos torcedores pela campanha de 2016 na Sulamericana, tragicamente interrompida depois do acidente aéreo que vitimou todo o elenco, exceção feita a Neto, Alan Ruschel e o Jackson Follmann.

Da Série D à Série A em seis anos, a Chape viveu alegrias e dores. A volta esse ano depois de ganhar a segunda divisão em 2020 é encarada como a grande chance de se estabelecer na elite. É o que esperam os torcedores do Verdão do Oeste. O apoio deles não faltará.

Mozart assumiu o lugar de Umberto Louzer - transferido ao Sport - ainda no campeonato catarinense. A Chape perdeu o título para o Avaí mas alguém deixou a marca nas redes rivais: Perotti.

O atacante Perotti fez 15 gols em 19 jogos disputados na temporada. O goleador do Campeonato Catarinense almeja mais no Brasileirão com o apoio de Geuvânio e Ravanelli, e dos alas Matheus Ribeiro e Busanello.

Time base: Keiller, Matheus Ribeiro, Laércio, Derlan e Busanello; Moisés Ribeiro (Alan Santos), Anderson Leite e Ravanelli; Geuvânio, Mike e Perotti (Anselmo Ramon). Técnico: Mozart.


Atlético GO

O técnico Jorginho assumiu no começo de abril na disputa do campeonato goiano. Depois de comemorar a classificação contra o rival Goiás nas quartas de final, o Atlético caiu diante do Grêmio Anápolis na semi. Pronto. A campanha invicta acabava com a perda da vaga para a finalíssima.

Jorginho pediu demissão por não concordar com a postura de “torcedor” do presidente do clube Adson Batista que fazia críticas públicas. Jorginho teve aproveitamento de 71% em 13 jogos com apenas uma derrota, e deixou o time classificado na Copa do Brasil para encarar o Corinthians, curiosamente adversário de estreia do Brasileirão.

A equipe dirigida por Eduardo Souza precisa ajustar o poder de ataque e criar mais chances para os artilheiros Zé Roberto (8 gols na temporada) e Roberson (autor de 6), por exemplo, serem os caminhos para as vitórias. Na eliminação na Copa Sulamericana, a fraqueza ofensiva ficou clara com um único gol feito nas últimas três partidas (0x0 Palestino, 0x0 Libertad e 1x1 Newell´s).

O clube trouxe um time inteiro de reforços neste ano. Em contrapartida viu o meia-atacante Chico, dono de boas atuações do Dragão, se transferir para o Juventude.

Time base: Fernando Miguel; Dudu, Nathan, Éder e Natanael; Willian Maranhão, Marlon Freitas e João Paulo; Janderson, Zé Roberto e Danilo Gomes (Roberson). Técnico: Eduardo Souza.


Juventude

O terceiro clube gaúcho no Brasileirão, retorna ao torneio treze anos depois. E para não fazer feio no campeonato nacional, o Juventude se reforçou nos últimos dias nos setores de defesa, meio-campo e ataque.

Dois jovens atacantes estrangeiros estão no grupo: o colombiano Edwin Mosquera de 19 anos (Independiente Medellin) e o peruano Fernando Pacheco de 21 anos (ex Fluminense). Eles se juntam ao artilheiro Matheus Peixoto (ex Bragantino e Ponte Preta) autor de quatro gols no Gauchão.

O lateral-direito Michel Macedo e o volante Matheus Jesus (ambos ex Corinthians) e os meio-campistas Wescley (ex Ceará) e Chico (ex Atlético GO) também chegaram à Caxias do Sul. Recentemente, o meio-campista Bruninho da base do Atlético MG também foi contratado.

O veterano Renato Cajá deixou o clube.

Semifinalista do campeonato gaúcho, o Juventude parou no Internacional, decepcionando a torcida que não vê o time alcançar a decisão desde 2016. Com o comando de Marquinhos Santos, eleito o melhor técnico do Gauchão, a expectativa é se manter na 1ª divisão com esforço e criatividade para compensar um dos menores orçamentos.

Time base: Marcelo Carné, Michel Macedo (Paulo Henrique), Cleberson, Rafael Forster e Alyson; João Paulo, Mateus Jesus (Guilherme Castilho) e Wescley (Chico); Marcos Vinicios (Mosquera), Matheus Peixoto e Capixaba (Pacheco). Técnico: Marquinhos Santos.


Cuiabá

O mandachuva do futebol mato-grossense agora está na elite do futebol brasileiro. E isso não é pouco se tratando de uma equipe que tem apenas 19 anos de existência. Em dezembro completará vinte primaveras.

Estreante em campeonatos brasileiros, o Cuiabá construiu uma linda história de sucesso no cenário estadual com 10 títulos. O mais recente - conquistado de forma invicta contra o Operário de Várzea Grande - apagou a eliminação inesperada na segunda fase da Copa do Brasil para o 4 de julho do Piauí, da quarta divisão do futebol nacional. Curiosamente, o último time do Mato Grosso a disputar a elite foi o Operário em 1986. Depois de atingir a maioridade, o Cuiabá chega ao Brasileirão comandado por Alberto Valentim, e reforçado por 15 atletas que vieram nesta temporada.

Destaques para a “filial” corinthiana formada pelo goleiro Walter, o zagueiro Marllon, o lateral Uendel, os atacantes Clayson, Jonathan Cafu e Elton. O lateral João Lucas (ex Flamengo), o volante Uilian Correa (ex Bragantino), o zagueiro Paulão (ex Internacional) e o volante Yuri (Fluminense) completam a lista de alguns dos contratados do Cuiabá.

Time base: Walter, Lucas Ramon, Marllon, Anderson Conceição e Uendel; Camilo, Uillian Correia, Rafael Gava; Clayson, Guilherme Pato (Jonathan Cafu) e Elton. Técnico: Alberto Valentim.

As chances de cada time:

Favoritos: Flamengo e Palmeiras

Olho neles na briga: São Paulo, Atlético Mineiro, Inter e Grêmio.

Coadjuvantes: Corinthians, Santos, Fluminense, Athletico PR, Fortaleza, Ceará, Bahia, Bragantino,

Surpresas: Sport, Atlético GO, América, Cuiabá. Juventude e Chapecoense.

Maiores filas sem títulos do Campeonato Brasileiro:

Atlético MG foi campeão em 1971, e depois nunca mais, São 50 anos de jejum.

Guarani (1978 - 43 anos *está na Série B)

Internacional (1979 - 42 anos)

Coritiba (1985 - 36 anos *está na Série B)

Sport (1987 - 34 anos)

Bahia (1988 - 33 anos)

Botafogo (1995 – 26 anos *está na Série B)

Grêmio (1996 – 25 anos)

Vasco (2000 – 21 anos *está na Série B)

Athletico PR (2001 – 20 anos)

Santos (2004 – 17 anos)

São Paulo (2008 – 13 anos)

Fluminense (2012 – 9 anos)

Cruzeiro (2014 – 7 anos *está na Série B)

Corinthians (2017 - 4 anos)

Palmeiras (2018 - 3 anos)

Flamengo (atual bicampeão)

Todos os campeões:

Equipe Títulos
Palmeiras 10
Santos 8
Flamengo 7 (oito com Copa União)
Corinthians 7
São Paulo 6
Cruzeiro 4
Vasco 4
Fluminense 4
Internacional 3
Grêmio 2
Botafogo 2
Bahia 2
Atlético MG 1
Guarani 1
Sport 1
Coritiba 1
Athletico PR 1

Vices:

Equipe Qtde
Santos 8
Inter 7
São Paulo 6
Cruzeiro 5
Atlético MG 5
Palmeiras 4
Vasco 4
Corinthians 3
Grêmio 3
Botafogo 3
Flamengo 2
Bahia 2
Guarani 2
São Caetano 2
Fortaleza 2
Náutico 1
Vitória 1
Athético PR 1
Bragantino 1
Portuguesa 1
Bangu 1

Estados com mais títulos:

Estado Títulos
São Paulo 32
Rio de Janeiro 17
Minas Gerais 5
Rio Grane do Sul 5
Bahia 2
Paraná 2
Pernambuco 1

Técnicos com mais títulos:

Lula 5 (todos pelo Santos de 1961 aa 1965)

Luxemburgo 5 (Palmeiras 93 e 94, Corinthians 98, Cruzeiro 2003 e Santos 2004)

Rubens Minelli 4 (Palmeiras 69, Inter 75 e 76, São Paulo 77)

Muricy Ramalho 4 (São Paulo 2006-07-08 e Fluminense 2010)

Osvaldo Brandão 3 (Palmeiras 1960, 72 e 73)

Ênio Andrade 3 (Internacional 79, Grêmio 81, Coritiba 85)

Mario Travaglini 2 (Palmeiras 67, Vasco 74)

Tele Santana 2 (Atlético MG 71, São Paulo 91)

Antônio Lopes 2 (Vasco 97, Corinthians 2005)

Marcelo Oliveira 2 (Cruzeiro 13 e 14)

Tite 2 (Corinthians 11 e 15)

Felipão 2 (Grêmio 96, Palmeiras 2018)

Jogadores com mais títulos:

Pelé 6, Pepe 6 e Lima 6 (Santos 1961, 62, 63, 64, 65 e 68).

Coutinho 5, Mauro Ramos 5 e Mengálvio (Santos de 1961 a 65)

Ademir da Guia 5 e Dudu 5 (Palmeiras -duas vezes em 1967- e 69, 72 e 73)

Zinho 5 (Flamengo 87* e 92, Palmeiras 93 e 94, Cruzeiro 2003)

Andrade 5 (80, 82, 83 e 87*, Vasco 89)

Dagoberto 5 (Athletico PR 2001, São Paulo 2007 e 08, Cruzeiro 2013 e 14)

* A polêmica da Copa União de 1987 é explicada neste GUIA DO BRASILEIRÃO**.

Maiores artilheiros:

Com mais de 100 gols nos Campeonatos brasileiros:

Jogador Gols
Roberto Dinamite 190
Romário 154
Edmundo 153
Fred 152
Zico 135
Tulio Maravilha 129
Serginho Chulapa 127*
Washington 126
Diego Souza 122
Luís Fabiano 116
Dadá Maravilha 113
Paulo Baier 108
Alecsandro 105
Wellington Paulista 103
Kléber Pereira 102
Pelé 101

*A melhor média é de Serginho Chulapa, 0,69 gol por jogo.

*Ainda em atividade, Fred (Fluminense), Diego Souza (Grêmio), Alecsandro (Noroeste) e Wellington Paulista (Fortaleza).

***Washington fez 34 gols pelo Athletico-PR, em 2004, o maior artilheiro de uma edição.

2º Dimba (31 gols – Goiás – 2003)

3º Edmundo (29 gols – Vasco – 1997)

4º Reinaldo (28 gols – Atlético MG – 1977)

Guilherme (28 gols – Atlético MG – 1999)

6º Careca (25 gols – São Paulo – 1986)

Gabigol (25 gols – Flamengo – 2019)

8º Túlio Maravilha (23 gols – Botafogo – 1995)

Jonas (23 gols – Grêmio – 2010)

Borges (23 gols – Santos – 2011)

Maior goleada:

Corinthians 10x1 Tiradentes do Piauí, no Canindé, em 1983, com golaço de bicicleta de Wladimir e quatro gols do Dr. Sócrates.

Jogadores com mais partidas:

Fábio, goleiro do Cruzeiro - 596 presenças

Rogerio Ceni, ex goleiro e atual técnico do Fla - 575

Leo Moura, ex lateral - 497

Diego Souza, hoje no Grêmio - 416

Uma breve história dos campeonatos brasileiros de futebol.

A CBF decidiu unificar todas as competições de caráter nacional de 1959 pra cá. Todos os vencedores de antigos torneios como Taça do Brasil (de 1959 a 1968), o Torneio Roberto Gomes Pedrosa – Taça de Prata (1967 a 1970), Campeonato Nacional de clubes (a partir de 1971 até hoje) com mudanças de nomes constantes – e formatos de disputa também - como Copa do Brasil, Taça de Ouro, Copa União, Copa João Havelange e campeonato brasileiro de futebol que são considerados CAMPEÕES BRASILEIROS.

A unificação provoca o fato curioso com o Palmeiras, campeão brasileiro duas vezes no mesmo ano. Em 1967, o Verdão ganha a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, títulos reconhecidos assim na unificação da CBF em 2010.

O campeonato brasileiro foi usado politicamente durante décadas. A relação promíscua com o poder era inevitável, principalmente em tempos de ditadura. Em 1979, a competição - que quase não foi realizada - teve a participação de 94 times. A aberração concebida por Heleno Nunes, presidente da antiga CBD, ex dirigente do partido do governo Arena. Daí surge a histórica frase entre torcedores e crônica esportiva: “Onde a Arena vai mal, um time no Nacional”.

Corinthians, São Paulo, Santos e Portuguesa boicotaram o torneio naquele ano de 1979. Além do inchaço na participação dos times, os clubes não queriam entrar nas primeiras fases. Como o Paulistão era mais importante, a preferência foi disputá-lo. Guarani e Palmeiras, campeão e vice do brasileiro de 78, e ainda seis times do interior paulista representaram o futebol do estado no torneio nacional. O Internacional seria tri campeão brasileiro em 79.

Polêmico mesmo é o título da Copa União de 1987. O Clube dos 13 e a CBF concordaram que os campeões e vices dos módulos verde e amarelo disputassem o quadrangular decisivo para definir o campeão brasileiro daquele ano.

Flamengo e Internacional - campeão e vice do verde - desistem de participar dos duelos contra Sport e Guarani, campeão e vice do amarelo. Sport e Guarani, então, realizam dois jogos para definir o campeão de 87, e o time pernambucano fica com o título.

Foram anos de disputa na justiça até que em 2017, ou seja, 30 anos depois, o STF – Superior Tribunal de Justiça manteve o Sport como único campeão brasileiro contrariando a decisão da CBF que havia homologado Flamengo e Sport como campeões.

Em 2005, outra enorme polêmica da história do Brasileirão foi produzida pelo esquema de arbitragem envolvendo Edilson Pereira de Carvalho. O árbitro foi preso pela polícia por manipular os resultados das partidas. Onze jogos comandados por Edilson foram anulados e disputados outra vez com outras arbitragens. O Corinthians de Tevez seria campeão em 2005, já na Era dos pontos corridos.

Na Era dos pontos corridos a partir de 2003, o Corinthians é maior vencedor com 4 títulos, seguido por São Paulo com 3, Cruzeiro 3 e Flamengo 3. Depois estão Palmeiras e Fluminense com dois cada, e Santos um título.

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