Guia da Libertadores 2021

Guia da Libertadores 2021

Publicado por Leandro Quesada, 29/04/2021

Quem mandará na Copa Libertadores 2021 a partir da década atual?

Na passada (2011 a 2020), Brasil e Argentina venceram nove das 10 edições da principal competição de clubes das Américas. Veja na arte abaixo.

No especial Guia da Libertadores do The Player você conhecerá os principais favoritos, outros times que correm por fora para alcançar a chamada “Glória Eterna”, os elencos mais valiosos, os técnicos e jogadores de destaque, as chances de cada equipe na fase de grupos e muito mais.

O retrospecto dos últimos cinco, seis anos, tem peso fundamental na minha análise sobre os que têm mais chances de levantar a Copa Libertadores. O Palmeiras é o atual campeão, além de semifinalista em 2018. O Flamengo venceu em 2019. O River Plate levou os títulos de 2015 e 2018, foi vice em 2019, semifinalista em 2017 e 2020. E o Boca Juniors foi vice em 2018, e semifinalista em 2016, 2019 e 2020.

Na minha lista de favoritos faltou o Grêmio, campeão em 2017 e semifinalista em 2018 e 2019. O time de Renato Gaúcho foi eliminado, precocemente, na fase prévia de classificação pelo Independiente del Valle, vice-campeão da Libertadores de 2016. Renato foi demitido por causa desta queda prematura.

Nunca se esqueça, por nenhum minuto, que a Libertadores é traiçoeira, perigosa e muitas vezes imprevisível.

Além do seleto grupo de favoritos há também as surpresas que mudaram o rumo da competição. Exemplos não faltam, como San Lorenzo (campeão em 2014), Nacional do Paraguai (vice em 2014), Tigres do México (vice em 2015), Atlético Nacional (campeão em 2016), Independiente del Valle (vice em 2016) e Lanús (vice em 2017), que chegaram à decisão do torneio da América do Sul. Destes, somente del Valle e Atlético Nacional participam da fase de grupos da edição 2021.

OS GRUPOS DA 62ª COPA LIBERTADORES

O atual campeão da Copa Libertadores está no GRUPO A. O Palmeiras de Abel Ferreira se sustenta no fato de ser o time mais forte e com o melhor elenco para passar por Universitário, Independiente del Valle e Defensa y Justicia.

Apesar de todos esses aspectos positivos, a apaixonada torcida palmeirense cobra futebol mais vistoso. O técnico Abel Ferreira sabe disso, e acusou o golpe ao dizer que se estiverem infelizes com o trabalho, ele “deixará o cargo”.

Vimos aqui que o clima de pressão é talvez o maior rival do Palmeiras nesta fase de grupos. Em campo, o único que pode atrapalhar os planos do Verdão é o Independente del Valle, equipe equatoriana finalista em 2016, que eliminou o Grêmio na atual disputa.

O Verdão mantém a base campeã de 2020 com Weverton, Marcos Rocha, Gustavo Gómez, Felipe Melo, Raphael Veiga, Rony, William e Luiz Adriano para buscar o tri.

O Defensa y Justicia da Argentina, do técnico Beccacece, ex assistente de Jorge Sampaoli corre por fora. Recentemente, o Defensa venceu o Palmeiras na final da Recopa sulamericana. O Universitário do Peru – vice em 1972 – também é coadjuvante.

No GRUPO B, o Internacional busca o 3º título da Libertadores (ganhou 2006 e 2010).

O principal oponente é o tricampeão Olímpia, de Roque Santa Cruz.

O Deportivo Tachira da Venezuela vai para a 24ª participação, mas sem nenhum sucesso até hoje.

E o Always Ready da Bolívia - do ex atacante corintiano Arce - que participou uma vez apenas da competição em 1968, conta com a aliada altitude de 3660 metros de La Paz onde mandará os jogos.

Na última Libertadores, o Internacional vinha bem até encontrar o Boca Juniors nas oitavas de final. A eliminação dolorosa foi nos pênaltis, encerrando o sonho de seguir na busca pelo tri do time de Abel Braga que substituíra o argentino Coudet.

Com o comando agora de Miguel Angel Ramirez, reconhecido pelo excelente trabalho no del Valle, o Inter vem com tudo. O atacante peruano Guerrero é o destaque do Colorado.

O GRUPO C apresenta o Santos Futebol Clube, tricampeão da Libertadores, vice em 2020.

Santos e Boca Juniors são rivais históricos na competição. Eles decidiram o título de 1963 vencido pelo Santos de Pelé na Bombonera, o de 2003 conquistado pelo Boca de Tevez no Morumbi, e na edição passada com o Santos eliminando os argentinos na semifinal.

Os mais fortes candidatos na disputa das duas vagas encaram o perigoso Barcelona de Guayaquil, e a zebra boliviana The Strongest.

O Santos não teve dificuldades para alcançar a classificação para a fase de grupos após passar por Deportivo Lara e San Lorenzo. Agora a parada é diferente,

No momento da publicação do Guia da Liberadores, o técnico argentino Ariel Holan pediu demissão do cargo no Santos. Holan que assumiu a vaga de Cuca não suportou as derrotas para o Barcelona na estreia do torneio e o grande rival Corinthians, no Paulistão.

Sem reforços, sem Pituca, Verissimo e Soteldo negociados, sem Sanchez por enquanto afastados, o Santos precisar se superar outra vez. É obvio que dependerá muito de Marinho, o Rei da América.

Do lado do Boca Juniors, a referência é o eterno Carlitos Tevez, campeão em 2003.

O GRUPO D do Fluminense é na minha visão, o mais complicado da Libertadores 2021 para uma equipe do Brasil. O campeoníssimo River Plate está aqui também. É recomendável para brasileiros e argentinos abrirem bem os olhos com os colombianos Junior Barranquilla e Santa Fé.

Artilheiros de quilate são exibidos neste grupo: Borré do River, Fred do Fluminense, Borja e Teo Gutierrez do Junior.

O único dos sete times brasileiros na Libertadores que nunca ganhou o título, o Flu de Roger Machado perdeu o meia uruguaio Araújo negociado com o Al Wasl, dos Emirados Árabes. Em contrapartida trouxe Abel Hernández, David Braz, Manoel e Juan Cazares.

O River Plate do supercampeão Marcelo Gallardo quer repetir os feitos recentes de 2015 e 2018, quando levantou a taça. Gallardo tem o poder impressionante de reinventar o time que toda temporada perde algum atleta de qualidade, como Nacho Fernandez para o Atlético Mineiro.

O Santa Fé do meio-campista Seijas, com passagens por Internacional e Chapecoense, almeja um voo mais alto do que a Sulamericana de 2015.

O Junior Barranquilla tem uma semifinal de 1994 como a melhor posição na Libertadores. Naquele ano o time de Valderrama parou no Velez que seria campeão. O “Junior, tu papá” disputará a 17ª edição do torneio.

O GRUPO E do São Paulo não parece ser tão complicado assim, mas a torcida são-paulina já está vacinada com o discurso. O histórico recente tem sido ingrato com o Tricolor do Morumbi. Quedas na Libertadores para Talleres, Atlético Nacional e na fase de grupos em 2020 e ainda na Sulamericana para Lanús, Colón, Defensa e Atlético Nacional, novamente.

Com Crespo no banco e Daniel Alves em campo, o Tricolor do Morumbi é um dos favoritos para alcançar a próxima fase. O tricampeão da Libertadores não ergue a taça desde 2005.

O grande rival é o Racing da Argentina, agora dirigido por Pizzi no lugar de Beccacece. A perda sentida é a do atacante Lisandro López. O peruano Sporting Cristal de Merlo, Riquelme, Avila e Gonzáles é a 3ª força. O time uruguaio dos Rentistas, do técnico Martin Varini de apenas 29 anos, é a zebra.

O GRUPO F é equilibrado, e bem imprevisível com Nacional do Uruguai, Argentinos Juniors da Argentina, Atlético Nacional da Colômbia e Universidad Católica do Chile.

O Nacional de Montevidéu é um símbolo da Libertadores. História não falta nas 47 vezes em que esteve presente. Foi tri em 1971, 1980 e 1988, e vice em 64, 67 e 69. O craque argentino D´Alessandro, de 40 anos, campeão pelo Internacional em 2010, tem a dura missão de recolocar o Nacional nos trilhos do título.

Bicampeão em 1989 e 2016, vice em 1995, o Atlético Nacional é um velho conhecido na Libertadores. O toque brasileiro é dado pelo técnico Alexandre Guimarães, que fez carreira na Costa Rica, e agora pretende conquistar Medellin. No time, destaque para o experiente Jefferson Duque, atacante campeão da Libertadores 2016 e atualmente artilheiro e líder em assistências do Atlético Nacional no campeonato colombiano.

Inspirados pela história do maior ídolo, Diego Armando Maradona, o time do Argentinos Juniors não quer ser apenas o mero participante na disputa. Mas para ganhar a “Liberta” como ocorreu em 1985, terá de superar a falta de elenco com mais qualidade sob o comando do ex zagueiro Gabriel Milito.

Os chilenos da Católica jamais foram campeões da Libertadores apesar das 27 presenças no torneio. Em 1993 caíram diante do São Paulo do mestre Telê. Se passarem por essa chave chegarão mais preparados para sonhar com a Copa. O técnico uruguaio Gustavo Poyet quer manter o trabalho feito pelo antecessor Ariel Holan, hoje no Santos.

No GRUPO G, o campeão de 2019, o Flamengo, terá pela frente dois adversários também campeões da Libertadores: Velez Sarsfield (1994) e LDU (2008), e ainda um inexpressivo Union La Calera, do Chile.

O time estelar do Flamengo se manteve com a base de 2019, quando comandado pelo português Jorge Jesus alcançou a “Glória Eterna”. Os consagrados Gabigol, Bruno Henrique, Rodrigo Caio, Diego Alves, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Filipe Luiz, Gerson e Arão seguem firmes e fortes no Mengão.

Nas mãos de Rogério Ceni, a “SeleFla’ foi eliminada na Libertadores passada e depois sagrou-se campeã do Brasileirão. A Nação cobra desde já o tri da Libertadores nesta temporada.

Já o Velez - líder do grupo B do campeonato argentino – é treinado pelo ex zagueiro Pellegrino do time campeão de 1994, e conta com o ex-flamenguista Mancuello e o ex-sãopaulino Centurion. Assim como Pellegrino, criado na base do Velez, se destaca o trio de atacantes formado por Thiago Almada, Lucero e Lucas Janson.

Sempre franco-atirador, o time da LDU - carrasco do Fluminense na campanha vitoriosa de 2008 - confia nos atacantes Billy Arce, Cristian Borja e Amarilla, nos zagueiros Caicedo e Corozo, e nos meias argentino Piovi e uruguaio Zunino.

No GRUPO H, o elenco milionário do Atlético Mineiro, campeão da Libertadores de 2013, é a principal força.

Comandado por Cuca, o técnico do único título da Libertadores, o Galo ainda não está no nível mais alto, mas a expectativa é que com mais tempo deva engrenar. Material humano tem de sobra para que o projeto do bi se transforme em realidade. Hulk, Vargas e Nacho se juntam ao time mineiro.

Os rivais diretos do Atlético são o América de Cali da Colômbia, quatro vezes vice da Libertadores, e o tradicional paraguaio Cerro Porteño – com 41 participações - comandado por Arce e com Boselli no ataque.

O adversário mais fácil, teoricamente, é o Deportivo La Guaira, campeão venezuelano, pela segunda vez disputando o torneio.

AS CHANCES DE CADA TIME

Apontar favoritos não é uma tarefa simples pois depende de muitas variantes: mudança de elenco, perda de um determinado jogador, troca de técnico, aspectos de preparação física, questões financeiras, ausência de torcida e, particularmente, a pandemia de coronavírus que mudou completamente a preparação e a logística dos times.

A minha análise aponta as chances dos 32 times que disputam a fase de grupos da Libertadores. São cinco escalões, iniciando com os que mais forças apresentam para chegar ao topo da América até as chamadas zebras, grupo formado por aqueles com remotas possibilidades.

Favoritos Palmeiras e Flamengo (Brasil), River Plate e Boca Juniors (Argentina).

Correm por fora São Paulo, Atlético MG, Internacional, Santos (Brasil), Independiente del Valle (Equador) e Velez Sarsfield (Argentina).

Bom ficar de olho Fluminense, (Brasil), Olímpia (Paraguai), LDU (Equador), Barcelona (Equador), Racing (Argentina), Defensa y Justicia (Argentina), Atlético Nacional (Colômbia) e Junior Barranquilla (Colômbia).

Surpresas Argentinos Juniors (Argentina), Cerro Porteño (Paraguai), Nacional (Uruguai), América de Cali (Colômbia), Santa Fé (Colômbia), Universidad Católica (Chile) e Universitário (Peru).

Zebras The Strongest (Bolívia), Always Ready (Bolívia), Sporting Cristal (Peru), Rentistas (Uruguai), Union La Calera (Chile), Deportivo Táchira (Venezuela) e La Guaira (Venezuela).

OS TIMES MAIS VALIOSOS

Coincidência ou não, dentro da projeção do MITO DOS PALPITES dos grandes favoritos ao título da Libertadores 2021, os quatro que indiquei são os mais valiosos com elencos recheados de craques (em € euros):

1º - Flamengo - 128,75 milhões

2º - Palmeiras - 119,2 milhões

3º - River Plate - 114,45 milhões

4º - Boca Juniors - 94,8 milhões

Na sequência, estão as equipes que completam o G10 dos elencos mais valiosos:

5º - Atlético-MG - 81,2 milhões

6º - Internacional - 71,3 milhões

7º - Vélez Sarsfield - 66,48 milhões

8º - São Paulo - 61,85 milhões

9º - Santos - 55,23 milhões

10º - Fluminense - 48,68 milhões

Fonte: site Transfermarkt

JOGADORES DE DESTAQUE

Marinho é o grande nome do Santos FC, vice-campeão da Libertadores 2020. O atacante foi eleito o ‘Rei da América” pelo jornal El País do Uruguai pela participação na Libertadores. As atuações dele foram decisivas para levar a equipe limitada de Cuca até o jogo da decisão contra o Palmeiras. Marinho e os ‘meninos da Vila’ terão o desafio que escapou contra o Palmeiras: a conquista do Tetra. Desafio ainda maior após a saída precoce de Holan.

No Flamengo sobram craques como os goleadores Gabigol e Bruno Henrique, e os meias Gérson, Arrascaeta e Éverton Ribeiro. O quinteto é fantástico. Mas tem mais gente: O goleiro Diego Alves, o zagueiro Rodrigo Caio, o meia Diego, o lateral Filipe Luiz e atacante, Pedro, “o Grande”. Gabigol se consagrou em 2019 com a artilharia de nove gols, dois na final em Lima, contra o River.

Elenco palmeirense é outro peso-pesado na Libertadores. E quando dizem que um grande time começa por um grande goleiro, no caso do Palmeiras a frase acerta em cheio. Weverton, campeão olímpico pela seleção brasileira nos Jogos do Rio 16, é hoje o melhor da posição no Brasil. A defesa é um ponto forte com a presença do zagueiro paraguaio Gomez, os laterais Marcos Rocha e Viña. Do meio pra frente se destacam os articulados Raphael Veiga, Gabriel Menino, Patrick de Paula e Zé Rafael. O experiente Felipe Melo impõe ordem em campo. No ataque, Rony, Luiz Adriano e William, além do iluminado Breno Lopes.

O Internacional apresenta Paolo Guerrero, campeão mundial de clubes em 2012 pelo Corinthians, melhor jogador peruano dos últimos anos. A base é sólida: o goleiro Lomba, o zagueiro argentino Cuesta, o lateral Rodinei (campeão pelo Flamengo 2019), os volantes Edenilson (campeão pelo Corinthians 2012) e Patrick, os atacantes Thiago Galhardo e Palacios.

D´Alessandro, o baixinho argentino “bom de bola”, deixou o Internacional para comandar o meio-campo do tradicional Nacional de Montevidéu. São 40 anos nas costas, muita experiência, grandes atuações e o título de 2010 com o Internacional.

Na linha de frente do “milionário” Atlético Mineiro estão Hulk, Vargas, Nacho Fernandez, Arana, Keno, Junior Alonso, Guga, Zaracho, Marrony, Allan, Alan Franco, Savarino. Cuca tem tudo na mão para fazer o Galo voar. Remanescentes da conquista de 2013, Rever e Tardelli (também campeão pelo São Paulo em 2005) dão o toque de experiência ao time. O argentino Nacho é outro campeão (River em 2018).

Experientes, Fred e Nenê são os homens de confiança de Roger Machado no Fluminense no objetivo de levantar a Libertadores pela 1ª vez na história. Fred é o maior artilheiro do Fluzão na Libertadores com 8 gols. Já Nenê foi vice em 2003 pelo Santos. O meia Ganso, campeão em 2011 naquele Santos de Neymar, é outra figura do Tricolor.

Daniel Alves, Reinaldo, Luan, Benitez, Luciano e Pablo são algumas das peças mais importantes no esquema de Crespo no São Paulo. Daniel Alves, tricampeão da Champions League, persegue agora o principal título de clubes da América do Sul. Daniel Alves e Benitez podem fazer uma boa dupla de pensadores do jogo do time. Luan é incansável no meio-campo. Reinaldo é mais atacante que lateral, veloz, apoia constantemente o sistema ofensivo. Pablo e Luciano são as armas do ataque Tricolor.

Quando falamos do atual Boca Juniors, lembramos de quem? Claro, de Carlitos Tevez, campeão da Libertadores em 2003, no Boca de Carlos Bianchi. Para ajudá-lo na conquista do titulo que não vem desde 2007, os boquenses se apoiam em Sálvio, Villa, Cardona, Lisandro Lopez, Almendra. Fabra, Buffarini, Jara, Más e Zarate.

O rival River Plate se sustenta no goleiro Armani, o meia De La Cruz e no atacante Borré. O técnico Gallardo sabe que se esses três estiverem em nível competitivo, o River chegará longe outra vez. Enzo Perez, Casco, Montiel, Pablo Diaz e Alvarez são também destaques dos “millonarios’.

Walter Bou atacante argentino do Defensa y Justicia, recentemente campeão da Sulamericana, é uma das maiores esperanças do pequeno time argentino. Ex Boca, Walter quer repetir ao menos o feito do irmão Gustavo Bou, artilheiro da Libertadores 2015 pelo Racing, com 8 gols. Walter Bou faz dupla de ataque com Braian Romero, autor de 10 gols na campanha do Defensa y Justicia, na Sulamericana 2020.

A dupla de ataque formada por Teo Gutierrez e Borja embala o sonho do Junior Barranquilla de erguer a Copa Libertadores, algo inédito para o time da terra de Shakira. Borja foi fundamental na reta final de 2016 na campanha de sucesso do Atlético Nacional. Já no Palmeiras, foi o goleador da Libertadores em 2018 com 9 gols ao lado de Morelo do Santa Fé. O companheiro Teo Gutierrez foi campeão pelo River Plate na edição de 2015.

“El Mago” Valdivia, o ainda habilidoso meio-campista chileno de 37 anos - ex Palmeiras – é o grande nome do La Calera do Chile.

Mauro Boselli, argentino de 35 anos, atacante argentino campeão e artilheiro (com 8 gols) da competição em 2009 pelo Estudiantes de La Plata, deixou o Corinthians para ser a referência do setor ofensivo do Cerro Porteño. No gol está o polêmico goleiro brasileiro Jean, ex São Paulo e Atlético-GO.

O veteraníssimo Roque Santa Cruz, de 39 anos, é um highlander do futebol do Olímpia. Para muitos o maior jogador paraguaio de todos os tempos. No currículo, o centroavante de 1,93m defendeu Manchester City, Bayern Munique (campeão da Champions 2000-01) e seleção paraguaia em três Copas do mundo (2002, 06 e 10).

OS COMANDANTES DAS NAVES

Nas últimas duas edições, os técnicos sul-americanos ficaram para trás. A Libertadores viu dois portugueses mandarem em tudo: Jorge Jesus no Flamengo em 2019, e Abel Ferreira no Palmeiras de 2020.

A atual edição da Libertadores é a chance de quebrar a sequência europeia de treinadores campeões. Três técnicos que estão nesta edição já conhecem o caminho das pedras: o argentino Marcelo Gallardo (bicampeão pelo River Plate, em 2025 e 2018), o brasileiro Cuca (campeão pelo Atlético Mineiro, em 2013) e o argentino Miguel Ángel Russo (campeão pelo Boca Junior, em 2007).

Outro técnico europeu que apresenta conhecimento e qualidade para ser campeão pela primeira vez da Libertadores é o espanhol Miguel Angel Ramirez, do Internacional. No comando do Independiente del Valle levantou o título da Sulamericana de 2019.

Saiu da lista o argentino Ariel Holan, que pediu demissão do Santos. Ele era um dos nomes para se consagrar na Libertadores. Campeão da Sulamericana pelo Independiente de Avellaneda em 2017 contra o Flamengo.

Hernan Crespo, também argentino, atualmente no São Paulo, foi campeão da Sulamericana 2020 pelo Defensa y Justicia. À época de atacante, Crespo venceu a Libertadores pelo River Plate em 1996, quando virou vice artilheiro com 10 gols.

Assim como Crespo, há mais treinadores que foram consagrados campeões da Libertadores como jogadores. Rogério Ceni é um exemplo na pele de goleiro do São Paulo em 2005. Ceni era ainda reserva de Zetti no título são-paulino com Telê Santana, em 93.

Também na busca pela glória como técnico está Roger Machado, lateral do Grêmio de Felipão campeão da Libertadores 1995 e vice no Fluminense de Renato Gaúcho em 2008. Roger comanda o Fluminense, único time brasileiro dos sete que disputam a Libertadores 2021 que não foi campeão.

Renato Gaúcho, por sinal, faz falta nesta lista de treinadores depois de eliminado na prévia da Libertadores, resultado que custou a demissão no Grêmio. Renato foi campeão como técnico em 2017 e jogador em 1983.

Arce, consagrado lateral paraguaio campeão por Grêmio (95) e Palmeiras (99), hoje dirige o Cerro Porteño.

O argentino Mauricio Pellegrino era zagueiro do Velez campeão de 1994. Agora é o técnico do time. Assim como o companheiro dele também no Velez daquele ano, o atacante Omar Asad, “El turco Asad”, hoje dirigindo o Always Ready da Bolívia.

O uruguaio Sergio Orteman comanda o Olimpia do Paraguai. O ex meio-campista foi campeão duas vezes: Olimpia (2002) e Boca Juniors (2007). O 3º título virá agora como treinador?

AS NACIONALIDADES DOS TÉCNICOS

Os treinadores argentinos são a maioria na Libertadores. Agora são 12 em vez de treze nomes após a saída de Ariel Holan do Santos:

Crespo (São Paulo), Gallardo (River Plate), Miguel Angel Russo (Boca Juniors), Juan Antonio Pizzi (Racing), Sebastian Beccacece (Defensa Y Justicia), Mauricio Pellegrino (Velez), Fabian Bustos (Barcelona), Luca Marcogiuseppe (La Calera) Juan Cruz Real (América de Cali), Angel Comizzo (Universitário), Omar Asad (Always Ready) e Gabriel Milito (Argentinos Juniors)

Uruguaios: 5

Alejandro Cappuccio (Nacional do Uruguai), Pablo Repetto (LDU), Gustavo Poyet (Universidad Católica), Sergio Orteman (Olimpia) e Martin Varini (Rentistas)

Brasileiros: 4

Rogerio Ceni (Flamengo), Cuca (Atlético Mineiro), Roger Machado (Fluminense) e Alexandre Guimarães (Atlético Nacional)

Portugueses: 2

Abel Ferreira (Palmeiras) e Renato Paiva (Independiente del Valle)

Venezuelanos: 2

Juan Domingo Tolisano (Tachira) e Daniel Farias (La Guaira)

Colombianos: 2

Harold Rivera (Santa Fé) e Luis Perea (Junior Barranquilla)

Espanhol: 1

Miguel Angel Ramirez (Internacional)

Paraguaio: 1

Arce (Cerro Porteño)

Boliviano: 1

Alberto Illanes (The Strongest)

Peruano: 1

Roberto Mosquera (Sporting Cristal)

*Mosquera nasceu na Colômbia mas adotou a nacionalidade da família peruana.

QUEM MAIS CONQUISTOU TÍTULOS

Dos times que disputam a fase de grupos da Libertadores 2021, o maior campeão é o Boca Juniors com 6 títulos.

River Plate - 4

São Paulo - 3

Santos - 3

Nacional do Uruguai - 3

Olímpia - 3

Palmeiras - 2

Flamengo - 2

Internacional - 2

Atlético Nacional da Colômbia – 2

Atlético MG - 1

Racing - 1

Argentinos Juniors - 1

Velez Sarsfield - 1

LDU – 1

Não foram campeões: Fluminense, Cerro Porteño, Independiente del Valle, Barcelona, Junior Barranquilla, América de Cali, Santa Fé, Defensa y Justicia, Universidad Católica, Universitário, The Strongest, Always Ready, Sporting Cristal, Rentistas, Union La Calera, Deportivo Táchira e La Guaira

QUEM MANDOU NA ÚLTIMA DÉCADA

A hegemonia da dupla Brasil-Argentina foi quebrada por um “intruso” colombiano.

Na edição de 2016, o Atlético Nacional sagrou-se campeão na decisão contra o Independiente de Valle. Comandado por Reinaldo Rueda, o time de Medellín contou com os gols de Borja, a grandes defesas de Armani, as boas fases dos entrosados Berrío, Marlos Moreno, Macnelly Torres, Copete, Ibargüen, Bocanegra, Guerra, Mejía, Sebastián Pérez e Davinson Sánchez.

No período entre 2011 a 2020, o futebol brasileiro se destacou com seis conquistas contra três da Argentina, o que dá a dimensão exata da conquista da equipe da Colômbia:

2011 - O Santos de Neymar e Muricy Ramalho ganhou do Peñarol, no Pacaembu, e ficou com o tri;

2012 - A vez do Corinthians de Tite ser campeão pela primeira vez, na final contra o Boca Juniors;

2013 - O Atlético Mineiro de Ronaldinho Gaúcho bateu o Olímpia do Paraguai na decisão por pênaltis;

2014 – O San Lorenzo, time do Papa Francisco, é campeão pela 1ª vez da Libertadores ao derrotar o Nacional do Paraguai;

2015 – Outra vez o título fica com os argentinos, na vitória do River Plate sobre o Tigres do México;

2016 – O Atlético Nacional bate o Independiente de Valle do Equador;

2017 – O Grêmio de Renato Gaúcho passa pelo Lanús da Argentina para erguer o tri;

2018 – Na polêmica final argentina disputada em Madrid, o River Plate vence o grande rival Boca Juniors;

2019 – Na decisão em jogo único, em Lima, no Peru, o Flamengo de Jorge Jesus e Gabigol leva o bi contra o River Plate;

2020 – Na final brasileira, o Palmeiras de Abel Ferreira supera o Santos no Maracanã.

E agora na próxima década (2021 a 2030), qual será o país com mais sucesso? Brasil e Argentina continuarão dando as cartas ou outro quebrará a dupla vitoriosa? A única certeza é que o The Player seguirá com todas as dicas quentes e ricas de apostas na Libertadores!

ATENÇÃO: O Ministério das Apostas adverte: NUNCA APOSTE SEM ANTES CONSULTAR OS ESPECIALISTAS DO THE PLAYER

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