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Na próxima semana, a Fórmula 1 visita seu segundo circuito novo na temporada. O Mundial correrá pela primeira vez no Circuito Internacional do Algarve, em Portimão, Portugal; para o que promete ser uma prova desafiadora para pilotos e equipes.

Essa será a 17ª vez que a F1 visita o país, sendo que Portimão será a quarta pista usada no GP de Portugal. Em 1958 e 1960, a prova aconteceu no circuito de rua de Boavista. Em 1959, a prova foi para Monsanto. Após mais de 20 anos fora, o GP voltou ao calendário em sua localidade mais conhecida: Estoril. A pista foi a sede da primeira vitória de Ayrton Senna na F1 e a única vitória brasileira no GP.

O regulamento atual impediu as equipes da F1 de testarem em Portimão, mas a MotoGP organizou um teste na semana passada com alguns pilotos do grid, que elogiaram o traçado. Valentino Rossi disse que a pista é única, muito técnica e, inclusive, com lugares "assustadores". Outros pilotos destacaram as mudanças de elevação como o principal desafio. Algo que a F1 pode agradecer é que, historicamente, a média de temperatura de Portimão é bem maior do que a vista em Nurburgring. Segundo dados, a temperatura do mês varia entre 14 e 23 graus, bem melhor do que a mínima de 3 e máxima de 8 da prova alemã.

Por ser uma pista nova; para se dar bem em Portimão, é necessária uma rápida adaptação ao traçado e suas condições. Mas um dado do passado pode tranquilizar Lewis Hamilton e a Mercedes: o piloto ou a equipe venceram as últimas quatro corridas novas no calendário da F1: Hamilton triunfou em Mugello, no GP da Toscana de 2020, em Sochi, no GP da Rússia de 2014, e em Austin, no GP dos Estados Unidos de 2012, essa última ainda de McLaren. Já Nico Rosberg venceu a primeira corrida em Baku, que recebeu o nome de GP da Europa, em 2016.

Vale destacar também o bom momento que Portugal vive no esporte a motor em geral, com a estreia de Portimão na F1 e na MotoGP, além de pilotos em destaque na própria MotoGP, Fórmula E e mais. Será que o país consegue manter o bom momento e aumenta sua projeção no esporte a motor internacional?

Dados da temporada 2020 A Mercedes segue dominando a temporada. Até aqui, a equipe alemã conquistou todas as 11 poles da temporada, com 8 de Lewis Hamilton e 3 de Valtteri Bottas. Nas vitórias, temos sete do hexacampeão, duas de Bottas e duas de equipes com motores Honda, quebrando a hegemonia da montadora alemã. Uma de Max Verstappen e uma de Pierre Gasly.

Mesmo assim, vale notar que a equipe sofreu seu primeiro revés na temporada com o abandono de Bottas no GP de Eifel, em Nurburgring. O finlandês não sofria um abandono desde o GP do Brasil de 2019, enquanto Hamilton vai além: a última vez que ele não terminou uma prova foi em 01 de julho de 2018, no GP da Áustria.

Com a vitória no GP de Eifel, Hamilton abriu uma vantagem confortável na liderança: são 69 pontos à frente de Valtteri Bottas e 83 de Max Verstappen. Assim, o hexacampeão poderia terminar as seis corridas restantes de 2020 em terceiro lugar que, mesmo assim, garantiria o heptacampeonato. Mesmo se o finlandês vencesse as seis provas com o ponto extra da volta mais rápida, ele ainda faria apenas 317, contra 320 do companheiro de equipe.

Mas, se as disputas nas primeiras posições estão praticamente resolvidas, mais abaixo a situação está quente: entre os pilotos, Daniel Ricciardo se consolidou em quarto no Mundial, com 78 pontos, mas quatro pilotos estão a menos de 15 pontos de distância: Sergio Pérez, Lando Norris, Alex Albon e Charles Leclerc. Entre os construtores, a Racing Point está em terceiro, com 120 pontos, mas vê McLaren e Renault logo atrás, com 116 e 114, respectivamente.

E o safety car segue sendo um grande protagonista da temporada. Das 11 etapas do ano, oito tiveram uma intervenção do carro de segurança: Áustria, Estíria, Grã-Bretanha, Bélgica, Itália, Toscana, Rússia e Eifel.