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A Fórmula 1 está em uma nova casa no Brasil. Nos próximos dois anos, o Grupo Bandeirantes terá os direitos exclusivos da maior categoria do automobilismo mundial, após quase quatro décadas da elite do esporte a motor na Globo. Outra novidade para o mercado é a chegada da F1TV Pro, lançada oficialmente nesta semana.

Em uma sessão de imprensa com mídia selecionada, o diretor de direitos de mídia da F1, Ian Holmes, falou sobre o mercado brasileiro, deu detalhes das negociações envolvendo a categoria e a Globo, além de demonstrar o conhecimento do que se passa no Brasil. "Em termos de direitos de transmissão, tivemos várias discussões”, disse Holmes.

“Estávamos na Globo há muitos anos e agora licenciamos os direitos para a Band. Eles têm os direitos na TV aberta no canal fechado, com Bandsports. Não muito diferente da Globo e Sportv.”

Holmes revelou que o plano da Globo era diminuir o número de corridas com transmissão ao vivo, além de esperar uma pequena queda no alcance da categoria em 2021. “O que me fascina é do ponto de vista do público. Todos nós sabemos que a Globo é enorme. A Band está disponível tecnicamente em todo o país. Eles vão mostrar as 23 corridas ao vivo. A Globo não faz isso há muitos anos. Sob o último contrato, ela nunca mostrou nenhuma das corridas, exceto Brasil, em algo próximo a um fuso horário correspondente. Eles mostravam pela manhã, mas se você falar sobre Canadá, Estados Unidos, México, nunca era ao vivo.”

“O que não é surpreendente, é um canal grande com programas também grandes. E nas discussões que estávamos tendo com eles, das quais não quero revelar muito, a proposta deles era ter muito menos corridas ao vivo. Talvez meia temporada, no máximo. Então, o que é melhor: metade da temporada de corridas ao vivo na Globo ou 23 corridas ao vivo na Band? Houve outros fatores, mas sobre a exposição ao público, espero que haja uma queda. Espero que não seja significativa, mas também estou animado com o entusiasmo que está vindo deles em termos de produção", seguiu.

E defendeu a escolha da Band: "Com a Globo, a produção foi ficando cada vez mais apertada. Ainda temos um ótimo relacionamento com eles. Eles são uma organização única. Acho que houve um pequeno reset, e há o entusiasmo de um novo parceiro, que está preparado para realmente defender os direitos e se comprometer a mostrar muito mais ao vivo."

Holmes também desmentiu que o principal motivo da não-renovação com o Grupo Globo seja a chegada da F1TV Pro no Brasil, um plano que a categoria tinha desde o início das tratativas: “Além disso, tivemos a oportunidade de colocar a F1TV Pro no mercado. Para ser justo, com a Globo, também estávamos de olho nesse modelo".

“Li em algum lugar que a recusa da Globo era por causa do nosso desejo de lançar a F1TV Pro, e não é verdade. E com o lado da F1, vemos uma grande oportunidade. O preço gira em torno de cinco dólares por mês e cerca de 40 dólares por ano. O que é como você esperaria, um pouco menor do que na Europa e nos EUA. Estamos entusiasmados. É um mercado muito grande. Mesmo que todas as corridas estejam disponíveis gratuitamente, acho que é muito bom servir o torcedor ávido, como sabemos, essa é uma proposta diferente, acho que estamos animados com a oportunidade.”