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Bicampeão mundial da Fórmula 1 que retorna ao grid da categoria máxima do automobilismo pela equipe Alpine (antiga Renault) na temporada 2021 após dois anos de hiato na elite do esporte a motor, o espanhol Fernando Alonso sofreu um acidente enquanto andava de bicicleta, nesta quinta-feira, na cidade suíça de Lugano, mas não deve perder a pré-temporada em março, no Bahrein.

O vencedor das temporadas 2005 e 2006 da F1 passou por cirurgia corretiva nesta sexta-feira e já se recupera da fratura no maxilar e de outras intercorrências nos dentes causadas pelo 'atropelamento'. O piloto completará mais dois dias no hospital, em observação, mas está bem. Inclusive, já usou as redes sociais para agradecer as mensagens de apoio recebidas após o acidente.

A boa condição de saúde do espanhol também foi confirmada pela Alpine, em comunicado oficial. Sua presença nos testes de pré-temporada da F1 no Bahrein (12 a 14 de março) ainda é incerta, mas, segundo o time francês, não deve haver problemas para que o novo piloto da antiga Renault guie o A521 e complete seus primeiros quilômetros no deserto de Sakhir.

O circuito, aliás, também recebe a abertura da temporada 2021, no dia 28 de março. Assim, a expectativa é positiva em relação à reestreia de Alonso na categoria máxima do automobilismo. A última prova disputada pelo espanhol foi o GP de Abu Dhabi de 2018, quando o bicampeão se despediu da McLaren, pela qual começou a correr em 2015.

Depois da 'aposentadoria' da F1, Alonso triunfou nas 24 Horas de Le Mans em duas oportunidades e também se sagrou vencedor do Campeonato Mundial de Endurance (WEC) com a Toyota, com a qual ainda disputou o Dakar em 2020. Além disso, no ano passado, o piloto tentou vencer as 500 Milhas de Indianápolis, após quebra em 2017 e fracasso na classificação em 2019. Terminou em 21º com a Arrow McLaren.

Agora, Alonso concentra seus esforços na recuperação a fim de começar sua terceira passagem pelo rebatizado time da Renault. Ele correu pela equipe da montadora francesa pela primeira vez entre 2003 e 2006, conquistando um título em cima do finlandês Kimi Raikkonen, então da McLaren, e, posteriormente, outro sobre o alemão Michael Schumacher, que se despedia da Ferrari.

Após o bicampeonato, Alonso foi para a McLaren em 2007, mas não manteve o status de primeiro piloto ao longo da temporada na qual teve o então novato Lewis Hamilton como companheiro. No fim das contas, o espanhol e o britânico terminaram com 109 pontos, a uma unidade de Raikkonen, campeão com a Ferrari.

Alonso, então, retornou para a Renault em 2008, ficando no time até o fim de 2009 e registrando mais duas vitórias. Depois, em 2010, foi para a Ferrari, na qual foi três vezes vice-campeão, em 2010, 2012 e 2013. Em 2014, porém, a relação com a escuderia se desgastou em virtude de um carro ruim e das fracassadas tentativas de superar a dominante Red Bull do alemão Sebastian Vettel.

Assim, em 2015, o espanhol apostou no projeto da McLaren-Honda, marcado pela volta da histórica montadora japonesa ao grid da F1. Entretanto, a parceria foi um grande fiasco e Alonso nunca pôde brigar por posições de destaque. Em 2018, com a Renault como nova fornecedora de motores, o desempenho melhorou, mas não a ponto de manter o bicampeão mundial na categoria.

Desde então, Alonso se dedicou a diferentes tipos de corrida e, além das glórias no WEC e em Le Mans, também foi vencedor das 24 Horas de Daytona, tradicionalíssima prova de longa duração do automobilismo dos Estados Unidos. No país, a busca pela Indy 500 terá de ficar para depois, já que, agora, o espanhol volta todo seu foco para impulsionar a Alpine e, quem sabe, conquistar o tricampeonato mundial da F1.